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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

Albert Nobbs (2011)

Sandra F., 29.06.13

Que filme tão estranho, triste e bonito!

 

 

Confesso que, no início, estava a parecer-me fraco e quase desinteressante, apesar de ser sempre um prazer ver filmes deste género. Todavia, a partir do meio do filme, a coisa começou a ficar mais interessante e... mais triste!

 

O filme conta a história de uma mulher que, na Dublin do século XIX, se vê obrigada a vestir-se e agir como um homem de modo a conseguir um emprego e algum respeito numa sociedade que privilegiava o homem e usava a mulher apenas como algo doméstico e sem valor.

 

Albert Nobbs (fantásticamente interpretado por Glenn Close) é esse mulher/homem, um mordomo de um hotel de classe que só alberga pessoas da alta sociedade e que é gerido por uma antiga condessa com manias de grandeza e classe. Albert sonha em amealhar dinheiro suficiente para conseguir comprar uma loja e viver até à sua reforma uma vida normal, para depois comprar uma casinha junto ao mar. Essa vida normal incluí uma esposa e é quando ele conhece Hubert (outra magnifíca interpretação de Janet McTeer) que o seu desejo cresce pois Hubert também é uma mulher disfarçada de homem que mantém um casamento feliz com uma mulher. Daqui só posso retirar que Albert não tenciona regressar à sua consição de mulher talvez devido a receio das repercussões da sociedade. No entanto, não posso deixar de pensar que, tanto ele como Hubert acabam por desenvolver uma aptidão por mulheres, talvez por terem vivido tanto tempo como homens...

 

 

Ora, Albert vê em Helen Dawes (Mia Wasikowska), uma das criadas do hotel, uma séria candidata a esposa e começa a cortejá-la com ânimo mas também com algum receio pois os convites para saídas implicam gastos de dinheiro em presentes e outras coisas. E Albert Nobbs é um homem muito zeloso do seu dinheiro... O que ele não sabe é que Helen está a ser manipulada por Joe (Aaron (Taylor-)Johnson), um outro empregado do hotel que ambiciona ir para a América e vê em Albert uma forma de arranjar dinheiro, usando Helen como intermediária.

 

 

Jonathan Rhys-Meyers. Desconhecia que fazia papéis de figurante! Quando o vi no início do filme, imaginei que fosse ter um papel mais ativo no filme. No entanto só temos oportunidade de o ver em duas ou três cenas, como um dos ilustres hóspedes do hotel, um visconde com hábitos sexuais demasiado escandalosos para a época.

 

De resto, um ótimo filme, dirigido por Rodrigo Garcia e com interpretações valiosas, merecedoras de indicação a vários prémios e vencedoras de alguns. Recomenda-se!