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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

Calendar Girls (2003)

Sandra F., 01.07.13

A-D-O-R-E-I!!!!!!

 

 

Baseado na história real de um grupo de mulheres que, em 1999, decidiram elaborar um calendário com elas próprias como modelos, semi-nuas, para angariar fundos para ajuda no combate à leucemia. Este filme mostra-nos um grupo de mulheres, residentes numa vila a norte da Inglaterra, que para angariarem fundos para comprar um sofá para a sala de visitas do hospital da localidade, acabam por se envolver num acontecimento com proporções muito superiores aquelas que esperavam.

 

 

A necessidade do sofá surge quando, estando o marido de Annie (Julie Walters) internado por causa de uma leucemia, a sua amiga Chris (Helen Mirren) descobre que o sofá da sala de visitas se encontra velho e muito desconfortável. Elaboram então um plano para venderem alguns calendários com elas e algumas amigas da mesma idade, semi-despidas, e assim conseguirem oferecer o sofá ao hospital. Tendo em consideração que são mulheres de meia-idade, o evento atinge proporções massivas, chegando mesmo a serem convidadas para Hollywwod para divulgarem o acontecimento.

 

 

O filme é muito, muito engraçado. Tem os seus momentos de tristeza mas também cenas absolutamente hilariantes e é, no fundo, uma homenagem às boas amizades que se estabelecem entre mulheres.

 

 

É super-hiper-recomendado, não só pela história, como também pelas interpretações fabulosas de algumas das melhores atrizes (séniores) britânicas da atualidade. Além disso, presenteia-nos com paisagens lindas do campo inglês (Yorkshire) e das suas vilas.

 

 

O filme pode ver-se, na íntegra, no canal Youtube.

 

 

Anonymous (2011)

Sandra F., 30.06.13

 Uau! To think that Shakespeare was a fraud! Era ou não era, essa é a questão!

 

 

O filme explora a antiga teoria de que as peças (supostamente) escritas por William Shaskespeare tenham sido, na verdade, escritas pelo Conde de Oxford, Edward de Vere. Esta questão passeou entusiasticamente pelas mentes de eruditos como Charles Dickens, Sigmund Freud e Mark Twain e vários livros e estudos foram já concebidos e publicados, numa tentativa vã de explicar que Shaskespeare não poderia ter escrito as peças que lhe são atribuídas. Neste filme, esta questão, aliada a um momento histórico decisivo e conflituoso da história inglesa (a sucessão de Elizabeth I, última monarca Tudor), criou a ideia fantástica, e quiça possível, de William Shakespeare não ter passado de um actor medíocre e oportunista, que nem escrever sabia.

 

 

 

Por muito rebuscada e decepcionante que seja a ideia, o filme é muito bom. Gostei especialmente da interpretação de Rhys Ifans como Conde de Oxford (interpretado na idade jovem por Jamie Campbell Bower). Sempre o lembrarei como o maluco Spike do filme Notting Hill; mas aqui, num papel mais sério, ele é absolutamente fabuloso e muito credível no papel do verdadeiro escritor de Romeu e Julieta.

 

 

Confesso que contado desta forma, não me importaria que as obras atribuídas a W. Shakespeare, tivessem realmente sido escritas por Edward de Vere, Conde de Oxford.

 

 

 

Albert Nobbs (2011)

Sandra F., 29.06.13

Que filme tão estranho, triste e bonito!

 

 

Confesso que, no início, estava a parecer-me fraco e quase desinteressante, apesar de ser sempre um prazer ver filmes deste género. Todavia, a partir do meio do filme, a coisa começou a ficar mais interessante e... mais triste!

 

O filme conta a história de uma mulher que, na Dublin do século XIX, se vê obrigada a vestir-se e agir como um homem de modo a conseguir um emprego e algum respeito numa sociedade que privilegiava o homem e usava a mulher apenas como algo doméstico e sem valor.

 

Albert Nobbs (fantásticamente interpretado por Glenn Close) é esse mulher/homem, um mordomo de um hotel de classe que só alberga pessoas da alta sociedade e que é gerido por uma antiga condessa com manias de grandeza e classe. Albert sonha em amealhar dinheiro suficiente para conseguir comprar uma loja e viver até à sua reforma uma vida normal, para depois comprar uma casinha junto ao mar. Essa vida normal incluí uma esposa e é quando ele conhece Hubert (outra magnifíca interpretação de Janet McTeer) que o seu desejo cresce pois Hubert também é uma mulher disfarçada de homem que mantém um casamento feliz com uma mulher. Daqui só posso retirar que Albert não tenciona regressar à sua consição de mulher talvez devido a receio das repercussões da sociedade. No entanto, não posso deixar de pensar que, tanto ele como Hubert acabam por desenvolver uma aptidão por mulheres, talvez por terem vivido tanto tempo como homens...

 

 

Ora, Albert vê em Helen Dawes (Mia Wasikowska), uma das criadas do hotel, uma séria candidata a esposa e começa a cortejá-la com ânimo mas também com algum receio pois os convites para saídas implicam gastos de dinheiro em presentes e outras coisas. E Albert Nobbs é um homem muito zeloso do seu dinheiro... O que ele não sabe é que Helen está a ser manipulada por Joe (Aaron (Taylor-)Johnson), um outro empregado do hotel que ambiciona ir para a América e vê em Albert uma forma de arranjar dinheiro, usando Helen como intermediária.

 

 

Jonathan Rhys-Meyers. Desconhecia que fazia papéis de figurante! Quando o vi no início do filme, imaginei que fosse ter um papel mais ativo no filme. No entanto só temos oportunidade de o ver em duas ou três cenas, como um dos ilustres hóspedes do hotel, um visconde com hábitos sexuais demasiado escandalosos para a época.

 

De resto, um ótimo filme, dirigido por Rodrigo Garcia e com interpretações valiosas, merecedoras de indicação a vários prémios e vencedoras de alguns. Recomenda-se!

 

 

 

Jane Eyre (1996)

Sandra F., 21.02.13

A história de Jane Eyre escrita por Charlotte Bronte em 1847 é já sobejamente conhecida por quase toda a gente. A história de uma orfã repudiada pelos seus únicos familiares que é atirada para uma instituição de caridade ainda criança e que, mais tarde, começa a trabalhar como governanta para o rico e conturbado senhor de Thornfield Hall. Não me entendam mal. Parece uma descrição menor do livro mas, para que conste, sou uma fã incondicional da história e considero-a como uma das melhores obra jamais escritas e existentes na literatura.

 

 

Já aqui publiquei a minha opinião sobre a adaptação para cinema que fizeram em 2011 e ainda da adaptação para a televisão em 2006 (ver aqui). Gostei de ambas. Tanto que a minha adoração pela obra aumentou. São perfeitas, cada uma à sua maneira, uma mais completa que a outra é certo,... mas perfeitas! No entanto, a primeira versão visual de Jane Eyre que vi foi a do realizador Franco Zefirelli, em 1996, com a Charlotte Gainsbourg e o William Hurt. Quando a vi ainda não conhecia a obra mas fiquei tão encantada com a história que soube que sempre seria apreciadora da mesma e que tinha de ler o livro. Fi-lo anos depois (na altura, dinheiro para livros simplesmente não havia...). Lindo! Lindo! Muito melhor que a adaptação. E anos depois, quando vi estas versões mais modernas... foi surpreendente!
 

 

Há dias, revi essa primeira adaptação que vi. Instigada por alguém que disse que o William Hurt era um dos piores Rochesters de sempre, tive de rever e reformular a minha opinião. Devo dizer, no entanto, que quando vi pela primeira vez este filme, o que me encantou não foi o Rochester e sim a história em si, o ambiente, a intensidade da história e o envolvimento das duas personagens principais (que sei hoje que pode ser muito melhor). Só nestas versões mais actuais é que percebi a grande sensualidade e poder que pode ter um homem como Edward Fairfax Rochester. Por isso foi que, ao rever esta versão de 1996, dei comigo até incomodada com a actuação de William Hurt. E não só.

 

 

Não posso em consciência criticar negativamente este filme que, segundo me apercebo, não foi largamente aclamado. Confesso que teve os seus momentos bons e outros menos bons. Ignorar totalmente a última parte da obra, aquela onde Jane se refugia e se perde nas charnecas e em que encontra refúgio em casa dos Rivers, é inadmissível. Não gostei também da actuação de quem interpreta Mrs Fairfax (Joan Plowright); pareceu-me demasiado curiosa, coscuvilheira e espevitada. Mas não posso deixar de pensar que, para mim, a Mrs Fairfax perfeita é a de Judi Dench e secalhar, inconscientemente, comparei-as. E a primeira saiu a perder. Depois temos o Rochester de William Hurt. Alguém comentou comigo que mais parece um bêbedo e que nada tem de Rochester. Concordo. Parece estar sempre com um copo na mão (mesmo em situações em que a obra não menciona isso) e com um ar tão ébrio que os olhos chegam a trocar-se-lhe e a voz a atropelar-se. Tem os seus momentos bons, claro (por exemplo na cena da proposta de casamento mas... desde que se levanta porque quando estava sentado a fumar... Deus nos livre!). Mas os maus são tantos que nem dá para valorizar aqueles que são aceitáveis.

 

 

Quanto ao resto do filme, nada acrescento. Adorei a banda sonora. E gostei muito da representação de Jane Eyre feita pela Charlotte Gainsbourg (excepto do sotaque francês) e de todas as outras. Os cenários são maravilhosos como sempre. E fiquei a saber que Haddon Hall foi pela primeira vez aqui usada para representar Thornfield Hall. Foi desde esta versão que esta propriedade ficou associada à obra de Jane Eyre e todas as outras versões feitas posteriormente a usaram como a casa de Mrs Rochester. Facilmente se reconhecem cenários usados em outras versões.

 

 

Para mim, no entanto, esta versão é especial pois foi a primeira que vi e ainda hoje recordo do quanto gostei da história. E do quanto continuarei a gostar.

 

  

It's a wonderful afterlife (2010)

Sandra F., 17.02.13

Apesar de alguns críticos o terem apelidado de 'pior filme do ano', eu gostei muito de 'It's a wonderful afterlife'. Fez-me rir bastante e é daqueles filmes leves e despretenciosos que nos fazem passar o tempo de forma agradável.

 

 

Realizado por Gurinder Chadha (a mesma de Bend it like Beckham, filme que nunca vi e lapso que tenho de remediar), It's a wonderful afterlife é uma comédia britânica centrada na cultura indiana. Conta a história de uma mãe indiana, Mrs Sethi, viúva, com dois filhos adultos, residentes em Londres, que tem como objectivo principal ver a sua filha mais velha casada antes de morrer. No entanto, há ali um pequeno senão: Roopi é uma mulher sozinha e infeliz, com excesso de peso e com um azar terrível no que respeita a homens que tendem a rejeitá-la. É, todavia, equilibrada e sensata e sofre com essa situação apesar de não gostar muito da obsessão que a mãe tem em casá-la.

 

 

Triste, a mãe começa a vingar-se de todos aqueles que rejeitaram a sua filha ou que contribuíram para isso. E é aqui que a comédia começa pois todos aqueles que ela assassina começam a assombrá-la, sujeitando-a a embaraçosas situações. Os espirítos dessas pessoas assassinadas são incapazes de reencarnar enquanto o seu assassino continuar vivo. Daí resolvem ajudar Mrs Sethi a arranjar casamento para a filha pois só assim ela aceita cometer suicídio. Obviamente, a polícia começa a investigar os assassínios e Roopi acaba por ser uma das suspeitas. Nessa investigação surge Raj, um investigador atraente, amigo de Mrs Sethi e colega de infância de Roopi.

 

 

É muito, muito engraçada a história. E destaco a presença de Sally Hawkins (Anne Elliot em Persuasion 2007) como amiga de Roopi, uma inglesa obcecada em tornar-se indiana por casamento e com a mania (??) que tem poderes psiquícos; a de Zoe Wanamaker, mais conhecida pela sua participação em Harry Potter (que nunca vi; outro pequeno lapso da minha parte) mas que eu conheço sobretudo da série My Family e que interpreta uma vizinha que Mrs Sethi acaba por matar acidentalmente e que se junta ao grupo dos espíritos. E depois não poderia deixar de destacar Sendhil Ramamurthy no papel de Raj (Bolas, que coisa é aquela?!)

 

 

Não nos devemos deixar enganar pelo título de 'pior filme do ano'. Não se adequa nada, nada. Há quem diga que vale pela presença de Sendhi Ramamurthy. Eu corroboro mas não assino. Vale pela presença dele, sim, mas também pela história e pela hilariedade das situações.

 

 

The White Countess (2005)

Sandra F., 05.01.13

'A Condessa Branca' (tradução literal) ou 'A Condessa Russa' (como foi  traduzido para português) é um fantástico filme realizado por James Ivory em 2005. Tem como cenário Xangai, em finais dos anos 30 do século passado, pouco antes do eclodir da segunda guerra sino-japonesa e consequente êxodo em massa dessa cidade.

 

 

 
Coloco as duas capas do dvd apenas porque acho as duas muito bonitas; porque gosto da primeira mas ela dá a entender que é um filme romântico. E na realidade é; só que é de um romantismo tão singelo e tão quase platónico, que acabei por colocar também a outra capa que acho mais adequada ao filme que é.
 
Mas vamos à história: Todd Jackson (Ralph Fiennes) é um ex-diplomata americano que vive em Xangai. Cego desde há pouco tempo, ele tem um passado dramático e trágico, mas vive, apesar da sua cegueira, com um estado de espírito sempre alegre e bem disposto, sempre pronto para farra e indisposto e até entediado para tudo aquilo que costumava ser a sua vida profissional. No fundo, ele fechou-se para um mundo que sabe não poder mudar. Chegou a Xangai com grande optimismo sobre o futuro da China mas as disputas políticas e a violência militar que fazem parte da vida quotidiana daquele país leva-o a tornar-se amargamente desiludido. Sofia Belinskya (Natasha Richardson) é uma Condessa russa que, tendo escapado à revolução bolchevique na Rússia, trabalha agora em Xangai como dançarina de entretenimento, ou seja é paga para dançar com homens em clubes nocturnos. É viúva e reside com a filha Kátia e com a família do marido (sogra, cunhada e dois tios) num pequeno apartamento que lhes é alugado por um simpático e afável alfaiate judeu. A família do marido claramente não gosta de Sofia, apesar de esta lhes dar todo o dinheiro que ganha e de ser o principal sustento da casa. Ela adora a filha que a ama e tenta imitar, usando as suas pinturas e roupas. Sofia é, também por isso, largamente criticada pela restante família que não aprova a forma como ela ganha a vida, apesar de lhe ficarem com todo o dinheiro.
 
 
Eventualmente, os caminhos de Todd e Sofia cruzam-se quando, no clube de dança, ela o salva de ser roubado por dois homens. Ele fica encantado com a voz dela e com o facto de ela ser uma condessa russa exilada, descobrindo nela uma fusão de beleza e tragédia. Separam-se mas, tempos depois, quando ele ganha uma quantia substancial de dinheiro numa aposta, decide realizar um velho sonho e abrir um clube para a classe alta e cosmopolita de Xangai. Convida então Sofia para ser a sua principal anfitriã no clube e baptiza-o como o nome dela 'The White Countess'. O tempo passa e é evidente que ambos se apaixonam um pelo outro. No entanto, convivem como amigos, sem nenhum deles revelar nada das suas histórias pessoais ou dos seus sentimentos. Até que o clima político lhes troca as voltas e Todd é obrigado a encarar a realidade quando a possibilidade de separação é demasiado evidente. Contra uma multidão aterrorizada que foge da cidade, cego e sem qualquer ajuda, ele busca Sofia e Kátia antes que ambas se evaporem da sua vida para sempre.
 
O final é muito bonito. Depois da angústia da procura de Sofia pela filha (que a restante família tenta levar dela através de mentiras) e da deprimente e triste procura de Todd por Sofia por entre a multidão, eles acabam os três num barco que os leva para Macau. Para quem vê, é mesmo para respirar de alívio, não só porque sofremos com a incapacidade visual de Todd quando procura por Sofia mas também com a angústia dela que quase perde a filha. E presencia-se o assumir de um amor que esteve até então escondido, mas que surge naturalmente para ambos, como se tivessem sempre expressado os seus sentimentos um ao outro e só agora o assumissem perante o mundo.
 

 

Foi o último filme que vi em 2012. E foi uma maneira muito boa de acabar o meu ano cinematográfico.

 

 

The Wedding Date (2005)

Sandra F., 26.12.12

Uma boa novidade este filme. Novidade talvez não seja a palavra correcta porque já é de 2005. Mas eu não conhecia nem nunca tinha sequer ouvido falar. E apesar das críticas negativas que obteve foi uma boa surpresa para mim e algo que gostava de juntar à minha filmografia física.

  

 

O título que deram em Portugal a este filme foi Um homem de Sonho. E realmente tem tudo a ver pois de uma certa forma é uma versão ao contrário do Pretty Woman com a Julia Roberts; Ou seja, desta vez é o homem que faz de 'prostituto' e a mulher é quem se chega à frente com o dinheiro. Contudo, esta versão é mais engraçada, não tão dramática e não tão romanceada. É uma comédia romântica, daquelas de tarde de domingo, leve e bonita.

 

 

Baseado no livro Asking for trouble de Elizabeth Young, conta a história de Kat Ellis (Debra Messing), uma americana que é convidada para o casamento da sua meia-irmã Amy (Amy Adams) em Londres. Só que há um pequeno problema: o padrinho de casamento vai ser o seu ex-namorado que a deixou há dois anos e Kat não quer aparecer sozinha. Como está sem namorado, decide contratar um acompanhante e escolhe Nick Mercer (Dermot Mulroney) para impressionar a família e o ex-namorado. O que ela não contava era que Nick fosse um homem tão charmoso, auto-confiante e bem resolvido com a sua vida.

 

 

E claro, a chama acende-se entre os dois em Londres apesar das confusões e confissões inesperadas. Esta cena junto ao carro, quando ele a vai deixar na despedida de solteira da irmã, é de tirar a respiração. E 'Holly crap!' He's really worth every penny...

 

 

E outra das minhas cenas favoritas:

 

Kat: You know what pisses me off? I've been spilling my guts all weekend and I don't know a thing about you.

Nick: [pause] I'm allergic to fabric softener. I majored in comparative literature at Brown. I hate anchovies. And I think I'd miss you even if we never met.

  

 

Londres: O dia do juízo final (Flood - 2007)

Sandra F., 22.12.12

E se repentinamente a tua cidade favorita fosse afogada por uma devastadora onda gigante? Se de repente tudo o que conseguisses ver fosse o topo do Big Ben e da London Eye a emergir das águas? Arrepiante... Só mesmo para quem aprecia o trabalho do 'deerie' Robert Carlyle de Once Upon a Time ou para quem gosta de um bom filme.

 

 

 

'Flood' (ou em português Londres: o dia do juízo final) é um filme de 2007 protagonizado por Robert Carlyle, Jessalyn Gilsiq, David Suchet (o Mr Poirot), Tom Courtenay (o Mr Dorrit de Little Dorrit 2008), Tom Hardy (Heathcliff de Wuthering Heights 2009) e ainda Joanne Whalley (a Scarlett O'Hara de Scarlett 1994), cuja história é baseada na obra de Richard Doyle com o mesmo nome.

 

 

É reconhecido pelos seus efeitos especiais que retratam com perfeição a submersão de zonas londrinas como as estações de metro, as Casas do Parlamento ou a Arena.

 

 

O filme descreve uma devastadora inundação que atinge  Londres quando a barreira do rio Tâmisa é abalroada por uma onda de água gigante. Uma tempestade mal interpretada e desvalorizada encontra-se na origem desta situação e, no espaço de duas horas, a população londrina é obrigada a ser evacuada e a presenciar a destruição da cidade.

 

 

Rob (Robert Carlyle) é o engenheiro responsável pela barreira e filho de Leonard, um investigador que sempre defendeu que a barreira se encontrava mal posicionada. Com esta tempestade, Leonard vê os seus receios tornarem-se realidade, apesar de isso significar que o filho o voltou a respeitar e aceitar pois até então nunca acreditou na sua teoria.

  

From Prada to Nada (2011)

Sandra F., 19.12.12

Como um remake moderno de Sensibilidade e Bom Senso de Jane Austen, devo apontar que:

  • Foi o primeiro Willougby que eu achei realmente atraente.
  • Foi o primeiro Edward Ferrars que não achei um tontinho.
  • Foi a primeira Marianne que não achei incrivelmente mimada.
  • Foi o primeiro John Dashwood que até achei interessante e... 'desenvolto'.

Mas devemos, no entanto, ter em atenção que tudo isso nos distancia da história original de Austen.

 

 

Ora, esta então é uma versão livre e moderna de S&S; Bem livre! Bem moderna! Passa-se em Los Angeles, a Elinor estuda direito, a Marianne Literatura, o Coronel Brandon tem montes de tatuagens, Norland Park chama-se Bonita house, etc, etc. Claro que as personagens não têm estes nomes originais; eu apenas não memorizei os usados porque a minha mente traduzia-os involuntariamente para os da obra de Jane Austen.

 

 

Não posso dizer que tenha gostado. Diverte um pouco e passa-se um bom bocado. Mas não fica na memória...

 

The Deep Blue Sea (2011)

Sandra F., 16.12.12

Deep Blue Sea é um filme britânico de 2011 dirigido por Terence Davies e uma adaptação de uma peça de 1952 de Terence Rattigan. Conta com a fabulosa interpretação do trio Rachel Weisz, Tom Hiddleston e Simon Russell Beale. Recebeu críticas bastantes positivas, tendo Rachel Weisz sido distinguida com um prémio de Melhor actriz nos New york Critics Circle Awards de 2012. Em dezembro de 2012, foi ainda indicada para o mesmo prémio nos Golden Globe Awards. O filme em si foi escolhido como um dos dez melhores filmes do ano pelo New York Times. De notar que The Deep Blue Sea foi quase ignorado pela Europa quando foi lançado em 2011; No entanto, nos EUA foi amplamente elogiado e apreciado.

 

 

A história de The Deep Blue Sea passa-se por volta de 1950 e mostra-nos Hester Collyer (Rachel Weisz), a jovem esposa de um juiz do Supremo Tribunal, Sir William Collyer (Simon Russell Beale), que se vê repentinamente envolvida e apaixonada por um jovem e atraente ex-piloto de guerra, Freddie Page (Tom Hiddleston). A relação entre ambos revela-se bastante conturbada e dolorosa para Hester dado que Freddie é um homem atormentado pelas suas memórias de guerra e dado que ela é uma mulher necessitada de calor humano e sexual. O seu casamento com Sir William, um homem bastante mais velho que ela, é estável, confortável e feliz. No entanto, a Hester falta a paixão e o erotismo de um relacionamento, coisas que não experiencia com o marido mas que vê possível com Freddie.

 

 

 

Freddie lança então a vida de Hester num tumulto e ela separa-se do marido, isolando-se emocional e fisicamente num apartamento em Londres que partilha com o amante. É aí que, num dia, a história nos é contada, em flashbacks, à medida que Hester vai recordando os últimos acontecimentos e depois de uma tentativa de suicídio falhada. É contada a história do seu romance sofrido e conturbado com Freddie e ainda a sua vida de casada com Sir William. Conhecemos assim as restrições de um casamento confortável e luxuoso e depois o despertar da sua sexualidade com Freddie. No entanto, Freddie é imprudente, sempre em busca de emoções novas e Hester descobre tardiamente que afinal ele nunca lhe poderá dar o amor e a estabilidade que seu marido sempre lhe deu. E a dualidade de sentimentos conduz Hester ao precipício; é incapaz de voltar a uma vida sem paixão apesar de confortável e descobre a impossibilidade de manter um relacionamento estável com um homem que a satisfaz e a quem ama mas que não a quer dessa forma. Tudo isso leva-a a querer terminar com a sua vida.

 

 
Saliento que a interpretação da Rachel Weisz é mesmo fabulosa. Ela consegue passar perfeitamente para o ecrã a angústia e a dualidade de sentimentos. Merece bem as críticas positivas. E, as cenas dela com o Hiddleston são fabulosas, especialmente a da despedida; Ambos conseguem mostrar aquilo que sentem e, se nele vemos a impossibilidade de um envolvimento sério mas cuja situação o faz sofrer, nela vemos a aceitação sofrida do fim de uma relação que poderia ter sido tudo aquilo que ela desejou.
 
 
A ver. Fortemente recomendado.