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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

O Regresso

Sandra F., 20.11.16

Olá, Books and movies and dreams, o meu blog há tanto tempo abandonado. Olá, amigos virtuais que me liam, acidental ou propositadamente. Olá, mundo! Olá, vida! Olá!

 

Comecei este blog a 14 de Junho de 2011, ou seja há cinco anos e quatro meses aproximadamente. Deixei-o sozinho, perdido neste mundo virtual durante dois anos e dois meses... aproximadamente. Isto significa que, durante uns maravilhosos dois anos e dois meses... aproximadamente, fui realmente feliz! Digo-o porque acabo de passar cerca de duas horas a rever todo o blog e lembrei-me de sentimentos, sensações e alegrias que tinha por essas alturas; Lembrei-os e vi-os escritos: Eu era feliz no meu mundinho! Foco mesmo que "me sinto em paz" e agradeço os dias, os momentos e tudo o que me era proporcionado.

 

Digo "Olá, mundo!", "Olá, vida!", porque me apercebi que tenho andado "morta", guiada por acontecimentos, momentos e emoções que me fizeram mal. Não tenho sido feliz, é uma verdade! Não tenho tido grandes momentos para me sentir parte de um mundo que vibra cheio de energia positiva. Limitei-me a viver, a esquecer-me de mim própria, a deixar que o espírito enfraquecesse. Não sou a mesma que era há dois ou três anos. Sou uma sombra abandonada pelo seu ser! Parece dramático, mas é a verdade. E, não interessa aqui, mencionar os meus azares, tristezas, deceções e desilusões. Estou aqui e vou fazer por continuar.

 

Vou mudar um pouco o título do blog porque quero incluir nele a leitura e a escrita. Tenho lido muito. Basta consultarem a minha página no Goodreads que está aqui do vosso lado direito. E publiquei finalmente a minha "Memória da Chuva"! Há uma pessoa que, no seu cantinho no céu, ficou muito contente com isso. Posso ver essa pessoa sorrir com orgulho, feliz por mim. Mas sabes que devo muito a ti: a inspiração, momentos, sensações... Fazes-me falta, ainda que de uma forma ilusória. Sempre me farás falta, apesar de já ter conseguido deixar-te finalmente "partir". Assombraste-me durante muito tempo, porque eu o quis, porque não conseguia imaginar a minha existência sem que tu mesmo existisses. Mas já não existias! Há algum (muito) tempo. Penso que finalmente estamos os dois em paz. E isso é tão bom! Só nunca deixes de me vigiar e guiar, aí em cima, onde o ar é leve, onde tudo é colorido, onde não há tristeza, nem sofrimento. Estás em paz! Descansa. Nunca te esquecerei.

 

Sim, é verdade. Escrevi um livro maravilhoso, o meu segundo filho. Estes últimos anos, apesar de complicados, deram-me essa benesse e isso foi o que de melhor me aconteceu. Realização, orgulho, alegria! Num momento mau, rasgou-se uma nesga e isso aconteceu para me dar ânimo, confiança e elevar a minha auto-estima. Mas falarei do livro num outro post. E de tantas outras coisas que aconteceram; Tantos livros que li, séries, filmes que vi, situações dignas de argumento de novela. Ah! E não posso esquecer-me  de vos falar das minhas viagens a Londres e a Manchester, mais precisamente a Haworth, terra das Bronte. Procurava-me nessas viagens, mas só encontrei beleza e uma cultura fantástica, que muito bem me recebeu, e à qual ainda voltarei mais uma vez. Como digo muitas vezes "Haworth e o Yorkshire são o meu segundo lar".

 

Não sou feliz! Estou a reaprender a ser feliz. Ou, pelo menos, a tentar. Por mim mesma. Porque mereço. Porque sou uma lutadora. Porque Deus me ofereceu tanto e eu estive tanto tempo sem o ter ao meu lado. Porque o repudiei, porque estava revoltada, porque me sinto a envelhecer, porque acho que merecia "aquele" mais.

 

So, I´m back! Alive and kicking! E tenho tanto para contar!

 

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The secret of Crickley Hall (2012)

Sandra F., 18.08.13
Baseado no romance do escritor britânico James Herbert, este thriller sobrenatural começa um ano após o desaparecimento de Cam, filho de Gabe Caliegh (Tom Ellis) e Eve Caleigh (SurAnne Jones). Como o casal e as suas duas filhas tentam começar tudo de novo, eles mudam-se para Crickley Hall, uma casa de campo aparentemente perfeita. Mas quando a porta da adega começa a abrir-se por conta própria, gritos de crianças são ouvidos durante a noite e um espectro de cana na mão surgem para assustar a família, os Caleigh percebem que a casa não é o paraíso que esperavam que fosse. No entanto, quando se decidem a ir embora, Eve ouve o filho Cam falar com ela como se estivesse aprisionado na casa.
 
 
A acção desenrola-se ainda e simultaneamente durante o ano de 1943, contando a história de Crickley Hall quando esta era um orfanato dirigido por um homem estranho e pela sua devota irmã, pessoas de aparente má índole e que não mostram ser indicados para educar crianças.  Estas crianças são oriundas de Londres, tendo sido evacuadas para o campo, em plena Segunda Guerra Mundial, de forma a poderem ser poupadas a uma morte sem sentido. O que elas não esperavam era que o perigo se encontrasse ali naquele local tão pacífico e belo.
 

Eu sou suspeita pois gosto muito deste género de história, sobrenatural aliado a drama psicológico, sem envolver cenas demasiadamente pesadas ou até violentas. E quando são assim histórias consistentes, bem interpretadas e dirigidas, com cenários de perder a respiração, então temos uma tarde ideal. Vale a pena ver, quanto mais não seja para avaliar as capacidades interpretativas de Tom Ellis, aquele que parece ser o novo menino bonito da televisão britânica.
 
 
 "During World War II, Crickley Hall is a home for orphans evacuated from London. In their attic bedroom, the eldest boy, Maurice Stafford walks in and says to a small Jewish boy, Stefan Rosenbaum that "Mr Cribben wants to see you". Stefan runs out onto the landing and hides in an airing copboard and starts to chant a prayer as Mr Cribben walks up the stairs and opens the door and drags the boy out. A scream of terror and ..."
 

 

 

Calendar Girls (2003)

Sandra F., 01.07.13

A-D-O-R-E-I!!!!!!

 

 

Baseado na história real de um grupo de mulheres que, em 1999, decidiram elaborar um calendário com elas próprias como modelos, semi-nuas, para angariar fundos para ajuda no combate à leucemia. Este filme mostra-nos um grupo de mulheres, residentes numa vila a norte da Inglaterra, que para angariarem fundos para comprar um sofá para a sala de visitas do hospital da localidade, acabam por se envolver num acontecimento com proporções muito superiores aquelas que esperavam.

 

 

A necessidade do sofá surge quando, estando o marido de Annie (Julie Walters) internado por causa de uma leucemia, a sua amiga Chris (Helen Mirren) descobre que o sofá da sala de visitas se encontra velho e muito desconfortável. Elaboram então um plano para venderem alguns calendários com elas e algumas amigas da mesma idade, semi-despidas, e assim conseguirem oferecer o sofá ao hospital. Tendo em consideração que são mulheres de meia-idade, o evento atinge proporções massivas, chegando mesmo a serem convidadas para Hollywwod para divulgarem o acontecimento.

 

 

O filme é muito, muito engraçado. Tem os seus momentos de tristeza mas também cenas absolutamente hilariantes e é, no fundo, uma homenagem às boas amizades que se estabelecem entre mulheres.

 

 

É super-hiper-recomendado, não só pela história, como também pelas interpretações fabulosas de algumas das melhores atrizes (séniores) britânicas da atualidade. Além disso, presenteia-nos com paisagens lindas do campo inglês (Yorkshire) e das suas vilas.

 

 

O filme pode ver-se, na íntegra, no canal Youtube.

 

 

Anonymous (2011)

Sandra F., 30.06.13

 Uau! To think that Shakespeare was a fraud! Era ou não era, essa é a questão!

 

 

O filme explora a antiga teoria de que as peças (supostamente) escritas por William Shaskespeare tenham sido, na verdade, escritas pelo Conde de Oxford, Edward de Vere. Esta questão passeou entusiasticamente pelas mentes de eruditos como Charles Dickens, Sigmund Freud e Mark Twain e vários livros e estudos foram já concebidos e publicados, numa tentativa vã de explicar que Shaskespeare não poderia ter escrito as peças que lhe são atribuídas. Neste filme, esta questão, aliada a um momento histórico decisivo e conflituoso da história inglesa (a sucessão de Elizabeth I, última monarca Tudor), criou a ideia fantástica, e quiça possível, de William Shakespeare não ter passado de um actor medíocre e oportunista, que nem escrever sabia.

 

 

 

Por muito rebuscada e decepcionante que seja a ideia, o filme é muito bom. Gostei especialmente da interpretação de Rhys Ifans como Conde de Oxford (interpretado na idade jovem por Jamie Campbell Bower). Sempre o lembrarei como o maluco Spike do filme Notting Hill; mas aqui, num papel mais sério, ele é absolutamente fabuloso e muito credível no papel do verdadeiro escritor de Romeu e Julieta.

 

 

Confesso que contado desta forma, não me importaria que as obras atribuídas a W. Shakespeare, tivessem realmente sido escritas por Edward de Vere, Conde de Oxford.

 

 

 

Albert Nobbs (2011)

Sandra F., 29.06.13

Que filme tão estranho, triste e bonito!

 

 

Confesso que, no início, estava a parecer-me fraco e quase desinteressante, apesar de ser sempre um prazer ver filmes deste género. Todavia, a partir do meio do filme, a coisa começou a ficar mais interessante e... mais triste!

 

O filme conta a história de uma mulher que, na Dublin do século XIX, se vê obrigada a vestir-se e agir como um homem de modo a conseguir um emprego e algum respeito numa sociedade que privilegiava o homem e usava a mulher apenas como algo doméstico e sem valor.

 

Albert Nobbs (fantásticamente interpretado por Glenn Close) é esse mulher/homem, um mordomo de um hotel de classe que só alberga pessoas da alta sociedade e que é gerido por uma antiga condessa com manias de grandeza e classe. Albert sonha em amealhar dinheiro suficiente para conseguir comprar uma loja e viver até à sua reforma uma vida normal, para depois comprar uma casinha junto ao mar. Essa vida normal incluí uma esposa e é quando ele conhece Hubert (outra magnifíca interpretação de Janet McTeer) que o seu desejo cresce pois Hubert também é uma mulher disfarçada de homem que mantém um casamento feliz com uma mulher. Daqui só posso retirar que Albert não tenciona regressar à sua consição de mulher talvez devido a receio das repercussões da sociedade. No entanto, não posso deixar de pensar que, tanto ele como Hubert acabam por desenvolver uma aptidão por mulheres, talvez por terem vivido tanto tempo como homens...

 

 

Ora, Albert vê em Helen Dawes (Mia Wasikowska), uma das criadas do hotel, uma séria candidata a esposa e começa a cortejá-la com ânimo mas também com algum receio pois os convites para saídas implicam gastos de dinheiro em presentes e outras coisas. E Albert Nobbs é um homem muito zeloso do seu dinheiro... O que ele não sabe é que Helen está a ser manipulada por Joe (Aaron (Taylor-)Johnson), um outro empregado do hotel que ambiciona ir para a América e vê em Albert uma forma de arranjar dinheiro, usando Helen como intermediária.

 

 

Jonathan Rhys-Meyers. Desconhecia que fazia papéis de figurante! Quando o vi no início do filme, imaginei que fosse ter um papel mais ativo no filme. No entanto só temos oportunidade de o ver em duas ou três cenas, como um dos ilustres hóspedes do hotel, um visconde com hábitos sexuais demasiado escandalosos para a época.

 

De resto, um ótimo filme, dirigido por Rodrigo Garcia e com interpretações valiosas, merecedoras de indicação a vários prémios e vencedoras de alguns. Recomenda-se!

 

 

 

Wuthering Heights: Quotes

Sandra F., 22.06.13

"Não havia luar e tudo em baixo jazia numa escuridão enevoada. Nem uma liz tremeluzia em qualquer casa, longe ou perto. Todas se tinham apagado há muito e as do Monte dos Vendavais nunca eram visíveis dali, embora ela afirmasse que lhes via o brilho.


- Olha! - gritou, excitada - Aquele é o meu quarto com a vela acesa e as árvores baloiçando diante dele. E a outra vela é a do sotão do Joseph. O Joseph deita-se tarde, não deita? Está à espera que eu volte, para ir fechar o portão. Pois bem, ainda tem muito que esperar. É um trajeto tormentoso, e entristece o coração ter de o fazer. No caminho temos de passar pelo cemitério de Gimmerton! Provocamos muitas vezes juntos os seus fantasmas e ambos ousamos andar por entre as campas, pedindo-lhes para aparecerem. Mas, Heathcliff, se eu te desafiasse agora, atrevias-te? Se tiveres coragem, conservar-te-ei a meu lado. Não quero ficar lá sozinha. Podem enterrar-me a doze pés de profundidade e derrubar a igreja por cima de mim, que eu não descansarei enquanto não estiveres comigo. Nunca!


Fez uma pausa e continuou com um sorriso estranho:


- Está a refletir... preferia que eu fosse ter com ele! Arranja uma maneira, então! Não através desse cemitério. Levas tanto tempo! Contenta-te, pois foste tu que sempre me seguiste!"


Wuthering Heights: Quotes

Sandra F., 06.06.13

(Heathcliff para Cathy)

 

"- ... E a ti, Catherine, tenciono dizer-te agora algumas palavras, enquanto falamos no assunto. Quero que fiques ciente de que eu sei que me trataste duma maneira infernal... Infernal! Entendes? E se julgas que o não percebi, és uma doida; se pensas que posso ser consolado com falinhas mansas, és uma idiota, e se imaginas que sofrerei sem me vingar, convencer-te-ei do contrário em pouco tempo!"