Há pessoas que vivem uma vida inteira sem conhecerem o verdadeiro amor...
Parece frase de trailer de uma qualquer comédia romântica... mas é verdade. Há mesmo pessoas assim. Assim como existem pessoas que, numa vida inteira, não conheceram mais que a miséria, a guerra, a fome, a injustiça.
O problema é que, por mais que cresçamos, por mais que abandonemos aquela fase egocêntrica tão própria da infância, da adolescência e juventude, nunca nos conseguimos desvincular totalmente da ideia de que há um plano muito próprio para nós, para o 'mim'.
Por favor, desencantem-se!...Isso não existe. Não há um plano pelo qual aguardar; não há um destino traçado, não há uma recompensa por nos esforçarmos por levar uma vida de generosidade, de empatia para com os outros, de rectidão social e legal... Há o dia-a-dia, a rotina corriqueira e a maneira como lidámos com ela, a forma como resolvemos as nossas questões, as nossas inseguranças, a maneira como resolvemos os nossos problemas laborais e domésticos, a maneira como reagimos aos outros e às situações que nos surgem.
É tudo isso que traça o nosso destino. E o futuro pode bem estar recheado de desgraças ou (para não parecer tão trágica) de decepções, de tristeza, dessa rotina corriqueira que, por um lado comodista, nos traz segurança. Pode muito bem ser um futuro 'sem sal', monótono e sem grandes emoções. Não podemos todavia adivinhá-lo. E ele pode bem estar repleto de emoções, alegrias e... 'muito açucar'.
Mas tentem não se iludir. Tudo pode acontecer. E esse tudo pode ser apenas uma parte daquilo que desejámos ou daquilo que não queremos. Raramente alcançamos tudo aquilo que queremos ou desejámos