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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

Jane Austen

Sandra F., 29.06.11
Jane Austen nasceu em 16 de dezembro de 1775, em Steventon, Hampshire, Inglaterra, sendo a sétima filha do reverendo George Austen, o pároco anglicano local, e de sua esposa Cassandra (cujo nome de solteira era Leigh). O reverendo Austen era uma espécie de tutor, e suplementava os ganhos familiares dando aulas particulares a alunos que residiam em sua casa. A família era formada por oito irmãos, sendo Jane e sua irmã mais velha, Cassandra, as únicas mulheres. Cassandra e Jane eram confidentes, e hoje se conhece uma série de cartas de sua correspondência.
 
Em 1783, Jane e Cassandra foram para a casa da Sra. Cawley, em Southampton, para prosseguir a educação sob sua tutela; porém tiveram que regressar para casa, devido a uma enfermidade infecciosa em Southampton. Entre 1785 e 1786, ambas foram alunas de um internato em Reading, lugar que pode ter inspirado Jane para descrever o internato da Sra. Goddard, que aparece no romance Emma. A educação que Austen recebeu ali foi a única recebida fora do âmbito familiar. Por outro lado, sabe-se que o reverendo Austen tinha uma ampla biblioteca e, segundo ela mesma conta em suas cartas, tanto ela quanto sua família eram "ávidos leitores de romances, e não se envergonhavam disso". Assim como lia romances de Fielding e de Richardson, lia também Frances Burney. O título de Orgulho e Preconceito, por exemplo, foi retirado de uma frase dessa autora, no romance Cecilia.
 
Entre 1782 e 1784, os Austen fizeram representações teatrais na reitoria de Steventon, que entre 1787-1788 foram mais elaboradas graças à colaboração de sua prima, Eliza de Feuillide, (a quem dedicou Love and Freindship). Nos anos posteriores a 1787, Jane Austen escreveu, para o divertimento de sua familia, Juvenilia, que inclui diversas paródias da literatura da época. Entre 1795 e 1799 começou a redigir as primeiras versões dos romances que se publicariam sob os nomes Sense and Sensibility, Pride and Prejudice e Northanger Abbey (que antes se intitulavam Elinor and Marianne, First Impressions, e Susan, respectivamente). Provavelmente, também escreveu Lady Susan nesta época. Em 1797, seu pai quis publicar Orgulho e Preconceito, mas o editor recusou.
 
Não há provas de que Jane foi cortejada por ninguém, apesar de um breve amor juvenil com Thomas Lefroy (parente irlandês de uma amiga de Austen), aos 20 anos. Em janeiro do ano seguinte, 1796, escreveu a sua irmã dizendo que tudo havia terminado, pois ele não podia casar por motivos econômicos. Pouco depois, uma tia de Lefroy tentou aproximar Jane do reverendo Samuel Blackall, mas ela não estava interessada.
 
Em 1800, seu pai decidiu mudar-se para Bath, cidade que Jane não apreciava muito. Nessa época, a família costumava ir à costa todos os verões, e foi em uma dessas viagens que Jane conheceu um homem que se enamorou dela. Quando partiu, decidiram voltar a se ver, porém ele morreu. Tal fato não aparece, porém, em nenhuma de suas cartas, mas foi escrito muitos anos depois, e não se sabe o quanto esse namoro possa ter afetado Austen, ainda que alguns o considerem inspiração para a obra Persuasion.
 
Em dezembro de 1802, estando Jane e Cassandra com a família Bigg, perto de Steventon, Harris Bigg-Wither pediu Jane em casamento, e ela consentiu. Provavelmente, rompeu o compromisso no dia seguinte, e foi com Cassandra para Bath. Cassandra se havia comprometido com Thomas Fowle, que morreu de febre amarela no Caribe em 1797. Thomas Fowle não tinha condições financeiras para se casar, e o compromisso vinha sendo adiado desde 1794; havia ido ao Caribe como militar, justamente para conseguir dinheiro. Nem Jane, nem Cassandra Austen se casaram.
Residência da família Austen em Chawton, onde Jane passou os últimos oito anos de sua vida (hoje um museu).
                                                
Em 1803, Jane Austen conseguiu vender seu romance Northanger Abbey (então intitulado Susan) por 10 libras esterlinas, apesar de o livro ter sido publicado somente 14 anos depois. É possível, também, que nessa ocasião tenha começado a escrever The Watsons, logo abandonando a ideia.
Em janeiro de 1805, morreu seu pai, deixando a esposa e as filhas em situação economicamente precária, e elas passaram a depender de seus irmãos e da pequena quantia que Cassandra herdara de seu prometido.
 
Em 1806 os Austen se mudaram para Southampton, perto da marina de Portsmouth, o que permitia a eles visitar frequentemente seus irmãos Frank e Charles, que serviam na marinha, chegando a almirantes.
 
Em 1809 se mudaram para Chawton, perto de Alton e Winchester, onde seu irmão Edward podia abrigá-las em uma pequena casa dentro de uma de suas propriedades. Esta casa tinha a vantagem de ser em Hampshire, o mesmo condado de sua infância. Uma vez instaladas, Jane retomou suas atividades literárias revisando Sense and Sensibility, que foi aceita por um editor em 1810 ou 1811, apesar de a autora assumir os riscos da publicação. Foi publicado de forma anônima, em outubro, como pseudônimo: "By a Lady". Segundo o diário de Fanny Knight, sobrinha de Austen, esta recebeu uma "carta da tia Cass pedindo que não fosse mencionado que a tia Jane era a autora de Sense and Sensibility".Teve algumas críticas favoráveis, e se sabe que os lucros para Austen foram de 140 libras esterlinas.



North and South de Elizabeth Gaskell Livro em Português!!!!

Sandra F., 27.06.11

Esta não posso, não devo e não vou... deixar de partilhar.

 

Não se trata de nada que tenha directamente a ver com a nossa Jane Austen mas é tudo da mesma época e o estilo não deixa de ser semelhante; há orgulho, há preconceito, há sensibilidade, bom senso e muito, muito mais. É, no fundo, Pride and Prejudice mas com uma consciência social, uma colisão entre o agreste norte de Inglaterra e as delicadas sensibilidades do sul.

 

Foi uma das melhores prendas que me poderiam oferecer. E veio pela mão da Samanta Fernandes, autora do blogue brasileiro 'Improvement of mind' que simpaticamente se lembrou da minha adoração por esta obra quando a viu disponível na internet, com a tradução para português (brasileiro) da editora Landmark. Em vão, procurei e tentei adquirir esta edição, desde há uns meses para cá, mas as distribuições ou não eram feitas para a Europa ou então ficavam demasiado caras. Acabei por contentar-me em esperar mais um pouco.

 

Até hoje. Delirei quando recebi o mail da Samanta com a obra integral em PDF, em português, 646 páginas!! Tenho verdadeira adoração por esta obra desde que vi a série de 2004 da BBC com a Daniela Denby-Ashe e o Richard Armitage. (Acho que fui a Inglaterra de propósito para a poder comprar quando ainda não se conseguia fazer o download; mas não digam a ninguém...) E a banda sonora??? Meus Deus, é maravilhosa!! Os actores idem aspas, em particular o papel da Sinead Cusack que interpreta a mãe do industrial John Thornton. Claro para não falar dos dois actores principais que têm uma química fabulosa, além de desempenharem os seus papéis na perfeição.

 

 

Agora? Bem agora, precisava de meter férias forçadas para poder ler tudinho. Mas, como se viu até hoje, a paciência é uma das minhas (muitas :D) virtudes e eu vou saber esperar por um momento especial, de relaxamento total, para poder disfrutar a obra como ela merece. E estou ansiosa por ler o final. Quem gosta, sabe que a Elizabeth Gaskell escreveu aquele final de forma abrupta devido a questões editoriais, mas eu devo ser a única a quem aquele final, na estação de comboios, não convence ou agrada. Pareceu-me tudo muito rápido mas, infelizmente, é mesmo assim que é o livro pelas razões que já foquei.

 

Segue o trailer da série e a sinopse da obra (para quem não conheça).

 
Na Inglaterra vitoriana, o sul campestre e aristocrático vai entrar em confronto com o norte industrial quando os Hales se vêm obrigados a mudar para a dura, fria e escura Milton. Daniela Denby-Ashe é Margaret Hale, uma jovem da classe alta que procura, com alguma relutância, deixar o idílico e pastoral mundo de Helstone e adaptar-se à nova vida numa cidade industrial do norte. Estranha aos costumes, regras e dramas sociais próprios de uma nova realidade, Margaret tem alguma dificuldade em compreender este mundo e aceitar os seus habitantes, especialmente os severos industriais, que governam as fábricas locais com mão de ferro. Mas o que começa como um mútuo desdém entre estas duas Inglaterras, norte e sul, vai transformar-se numa clássica história de amor entre Margaret e John Thornton (Richard Armitage), que irá superar todos os obstáculos e preconceitos.

 

 
"I believe I've seen hell; and It's white, snow white"
 

 

You will meet a tall dark stranger

Sandra F., 22.06.11

"Ýou will meet a tall dark stranger" é uma comédia romântica de Woody Allen que, na minha opinião, fala de ilusões e de como estas, por vezes, funcionam melhor que a medicina. Contudo, apesar de quase todos os personagens se envolverem numa ilusão, só Helena parece ser bem sucedida, talvez porque foi a que mais acreditou e a que nunca encarou os seus objectivos como ilusão.

 

O filme acompanha um par de casais, Alfie (Anthony Hopkins) e Helena (Gemma Jones), a filha destes, Sally (Naomi Watts) e o marido, Roy (Josh Brolin), cujas paixões, ambições e ansiedades os metem em sarilhos e os fazem perder o juízo.

 

Depois de Alfie deixar Helena para perseguir a sua juventude perdida na figura de uma jovem prostituta de espírito livre chamada Charmaine (Lucy Punch), Helena abandona a racionalidade e entrega a sua vida aos conselhos patetas de uma vidente charlatã. Infeliz com o seu casamento, Sally desenvolve uma paixoneta pelo seu atraente chefe, proprietário de uma galeria de arte, Greg (António Banderas), enquanto Roy, um romancista que aguarda com nervosismo uma resposta ao seu último manuscrito, fica alucinado com Dia (Freida Pinto), uma mulher misteriosa que o surpreende quando este a observa pela janela.

 

Classificação: 3

 

Amor Maternal

Sandra F., 21.06.11
Há pessoas que vivem uma vida inteira sem conhecerem o verdadeiro amor...
Há contudo vários tipos de amor (como já devem ter compreendido nesta altura do vosso campeonato). E não querendo desvalorizar todos os outros, o amor de uma mãe por um filho é sem dúvida o mais imutável e forte.
São nossos; vêmde nós, do nosso sangue, das nossas entranhas. E há uma ligação que não se quebra nem quando o cordão umbilical é cortado. Uma ligação tão forte que sobrevive a possíveis decepções, a acontecimentos traumáticos, a tudo aquilo que a vida nos possa trazer, bom ou mau. Não há quebra no sentimento; ele não esmorece nunca. Pelo contrário, fortifica-se a cada dia que passa, a cada momento de ternura, a cada olhar de cumplicidade que só os dois decifram.


Ser mãe é das experiências mais enriquecedoras que a vida nos pode dar.
Frase feita? Banal?... Não. Frase verdadeira, correcta. Porque ver-te crescer, meu menino, é cada dia que passa, a experiência mais linda e surpreendente a que eu posso assistir. E, todos os dias me surpreendes apesar de, tal como todos, teres os teus momentos mais irrequietos; e de eu, tal como todas as mães, ter os meus momentos de indiferença e 'adultez'.

És o meu mundo...
O meu menino...
O meu anjo...
O meu príncipe...
O meu melhor amigo...
O meu 'estrupiciozinho'
... Não me faltes nunca...
(A mãezinha gosta muito de ti... Vai gostar sempre...)

Há pessoas que vivem uma vida inteira sem conhecerem o verdadeiro amor...

Sandra F., 20.06.11

Parece frase de trailer de uma qualquer comédia romântica... mas é verdade. Há mesmo pessoas assim. Assim como existem pessoas que, numa vida inteira, não conheceram mais que a miséria, a guerra, a fome, a injustiça.


O problema é que, por mais que cresçamos, por mais que abandonemos aquela fase egocêntrica tão própria da infância, da adolescência e juventude, nunca nos conseguimos desvincular totalmente da ideia de que há um plano muito próprio para nós, para o 'mim'.

Por favor, desencantem-se!...Isso não existe. Não há um plano pelo qual aguardar; não há um destino traçado, não há uma recompensa por nos esforçarmos por levar uma vida de generosidade, de empatia para com os outros, de rectidão social e legal... Há o dia-a-dia, a rotina corriqueira e a maneira como lidámos com ela, a forma como resolvemos as nossas questões, as nossas inseguranças, a maneira como resolvemos os nossos problemas laborais e domésticos, a maneira como reagimos aos outros e às situações que nos surgem.

É tudo isso que traça o nosso destino. E o futuro pode bem estar recheado de desgraças ou (para não parecer tão trágica) de decepções, de tristeza, dessa rotina corriqueira que, por um lado comodista, nos traz segurança. Pode muito bem ser um futuro 'sem sal', monótono e sem grandes emoções. Não podemos todavia adivinhá-lo. E ele pode bem estar repleto de emoções, alegrias e... 'muito açucar'.

Mas tentem não se iludir. Tudo pode acontecer. E esse tudo pode ser apenas uma parte daquilo que desejámos ou daquilo que não queremos. Raramente alcançamos tudo aquilo que queremos ou desejámos

Jane Austen e Eu...

Sandra F., 19.06.11

 

Não consigo precisar o dia ou sequer o ano. Mas sei que foi numa noite de zapping. Ao passar pelo 'People and Arts', canal da Tvcabo dei de caras com um Colin Firth (que já conhecia vagamente) guedelhudo. Curiosa, pousei o comando da televisão e colei os olhos na televisão até aquele episódio acabar, para tristeza minha. Na semana seguinte, lá estava eu a assistir ao episódio seguinte. Claro que já tinha ouvido falar de Jane Austen e das suas obras mas nunca prestei demasiada atenção, até porque a literatura inglesa clássica não me atraía muito. Fiquei apaixonada pela série, pela história, pelos actores, enfim por tudo.

 

Em vão, procurei o livro. A internet ainda não estava presente como está nos dias de hoje e, por isso, quando vi exposto num quiosque uma daquelas colecções da Planeta Agostini com o livro "Orgulho e Preconceito" delirei literalmente e disse para mim mesma, antes de entrar, que pagaria qualquer valor por aquele livro que comprei. Li-o quase de um só folgo. Depois, com tempo, fui pesquisando as outras obras, as adaptações televisivas... Lembro-me de ter visto 'Persuasão' com o Ciarán Hinds mas não fiquei muito agradada com os actores, apesar de ter adorado a história. E a carta... Oh, a carta!... Só bem mais mais tarde, me apaixonei pelo Captain Wentworth de Rupert Penry Jones e pela  Anne da Sally Hawkins.

 

Jane Austen veio sempre até mim em forma de surpresa. Um dia, distraída a passear na Fnac, eis que me deparo com o dvd da série com o Colin Firth. Comprei obviamente e pouco tempo depois soube que ia sair para cinema uma nova adaptação com a Keira Knightley. Ainda guardo o bilhete do cinema (26 de Janeiro de 2006, sessão das 18h30) no meio do meu livro 'Orgulho e Preconceito'. E continuo a reiterar aquilo que disse quando saí dessa sessão de cinema: Matthew Macfadyen é o verdadeiro Mr Darcy!!! Com os devidos e merecidos créditos a Colin Firth que também não esteve mal. Mas o Mr Darcy de 2005 é aquele que eu imagino sempre que leio e releio o livro.

 

Ultimamente com a internet fazendo parte integral da nossa vida, leio tudo sobre Jane Austen e as suas obras. Já vi a maioria das adaptações e ando a criar coragem para ler 'Mansfield Park' . Adoro tudo o que se relacione com ela e as suas obras e só tenho pena que o mérito desta escritora tenha surgido verdadeiramente, muito depois do seu desaparecimento.

 

 

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