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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

Spooks (1ª e 2ª temporada)

Sandra F., 30.07.11
A primeira série conta com seis episódios de uma hora cada e é protagonizada por Matthew Macfadyen, Keeley Hawes, David Oyelowo, Jenny Agutter e Peter Firth, tendo estreado na Primavera de 2002. A série foi um sucesso de crítica e popular, com uma média de 7,5 milhões de espectadores ao longo de seus seis episódios. De salientar que o segundo episódio teve um grande impacto devido à violenta morte de Helen Flynn (Lisa Faulkner), situação que gerou um grande número de queixas à Comissão de padrões de radiodifusão.
 
Agora a trama desta série:
Tom Quinn (Matthew Macfadyen) entrou no MI5 em 1996 como Chefe de Secção, substituindo Lucas North (Richard Armitage), preso na Rússia durante uma operação secreta, mas que reaparece depois na sétima temporada. É descrito na equipa como "grave, profissional e popular", bem como "profundamente inteligente", com "instintos impecáveis". Na primeira série, Tom envolve-se num relacionamento com Ellie Simm, uma chef de cozinha com uma filha pequena chamada Maisie,  que conhece durante uma operação, mas a quem não revela a sua verdadeira identidade, sendo que ela pensa que ele é um funcionário público ligado à informática, chamado de Matthew Archer. Quando ele é baleado durante uma operação no Consulado Turco, é forçado a admitir a sua identidade, o que vai colocar uma pressão muito grande no seu relacionamento com Ellie.
No final da série, Tom, inadvertidamente, traz para casa um portátil que se encontra armadilhado com C4 e devido a todo a segurança com que equipou a sua casa, Ellie e Maisie acabam por ficar presas em casa com uma bomba prestes a detonar. Tom encontra-se no exterior da casa mas recusa-se a abandonar o local e a série termina com a sensação de que a bomba explodiu e os três morreram.
 
Na segunda série, descobrimos que a bomba foi detonada noutro local. Contudo, toda esta pressão sobre o casal e sentindo que Tom colocará sempre o seu trabalho acima dela, Ellie acaba por deixar Tom, o que o deixa devastado.  Mais tarde, inicia um relacionamento com uma médica (Vicky) que, obcecada por ele, acaba por trazer atenções indesejadas à sua actividade secreta. Incomodada com esta situação, é Christine Dale, agente da CIA no Reino Unido, quem força Vicky a parar com o assédio a Tom.  Este inicia então uma ligação com Christine que Harry Pierce (superior de Tom) desaprova, exigindo-lhe que termine o relacionamento. Uma mudança na consciência de Tom começa então a formar-se e que vai interferir com o seu trabalho. Ele começa a questionar o mundo e as suas acções profissionais, deixando gradualmente de ser o homem duro e isento que deve ser para exercer as suas funções e torna-se mais humano.
No final desta segunda série, um americano que pretende vingança por Tom ter recrutado a sua filha para o MI5 e que eventualmente acaba por se suicidar, incrimina-o do assassinato do Secretário de Estado da Defesa. Enquanto tenta provar que está inocente, Harry pressiona-o convencido que ele é culpado e já não se encontra apto para as suas funções. Tom é então forçado a magoar Harry, baleando-o, e foge para o Mar do Norte, convencendo-nos que se afogou.
 
 
Na terceira série, descobre-se que ele não morreu realmente e consegue provar a sua inocência com a ajuda de Adam Carter (Rupert Penry-Jones), sendo readmitido como chefe de secção. No entanto, os seus problemas de consciência e as dificuldades com que se depara para manter o relacionamento com Christine, levam-no ao alcoolismo e mesmo a sabotar uma operação.Como resultado, Tom é afastado das suas funções e conduzido à reforma antecipada do MI5. Sabe-se depois que casou com Christine e  criou uma empresa de segurança privada. 
 

Spooks

Sandra F., 30.07.11

Spooks é uma série britânica produzida pela produtora Kudos para a BBC One. O título é um coloquialismo popular para 'espiões'.

A série acompanha o trabalho de um grupo de agentes da divisão contra-terrorista do MI5 sediada na altamente segura Thames House, num escritório conhecido como 'The Grid'.

Todas as temporadas são emocionantes com a sequência de luta contra o terrorismo e outras situações mais ou menos complicadas. No entanto, o que mais me seduz nesta série é a evolução dos protagonistas e as implicações e impacto da sua actividade profissional secreta nas suas vidas pessoais. 

                                                                                     

  

I capture the Castle

Sandra F., 29.07.11
"Tudo parece estar em pedaços e o meu coração está magoado. Ainda assim, é melhor estar magoado do que nunca ter sentido a dor ou aprendido com os erros. Só falta escrever a última página. Fá-lo-ei com palavras curtas:
...Eu amo...
...eu amei...
...eu amarei..."
 
Palavras de uma jovem de dezoito anos que pela primeira vez vê o seu coração despedaçado por um amor não inteiramente correspondido mas que mantém a esperança no futuro, num novo amor, alimentando a crença de que a vida não acaba só porque se perdeu 'aquela pessoa', aquela primeira pessoa. 
                                                         
 
O livro "I capture the castle" (1948) de Dodie Smith (autora dos 101 dálmatas) é retratado nesta versão da BBC de 2003. Tal como o livro, o filme segue a jovem Cassandra Mortmain (Romola Garai) e a sua excêntrica família que luta para sobreviver num castelo inglês decadente durante os anos 30 do século vinte. O pai James Mortmain (Bill Nighy) é um escritor que não escreve nada desde o grande sucesso do seu primeiro romance, doze anos atrás; a sua requintada irmã Rose (Rose Byrne) só se sabe queixar da sua triste sina de pobreza; a sua madrasta Topaz (Tara Fitzgerald) é uma nudista boémia que não ajuda em nada e finalmente temos o seu irmão Thomas, um adolescente inteligente e astucioso. A narradora principal é a própria Cassandra Mortmain (Romola Garai) que nos conta a história através do seu diário.
 
A salvação para toda esta situação aparece sob a forma do proprietário americano do castelo, Simon Cotton (Henry Thomas) e seu irmão Neil (Marc Blucas). Embora Simon inicialmente não se interesse por Rose, ela está determinada em fazê-lo apaixonar-se por ela e é finalmente bem-sucedida. Um casamento é arranjado e Cassandra é deixado à margem bem como todos ao seu redor, enquanto que é desenhado um redemoinho de relacionamentos interconectados, que conduzem Cassandra à experimentação do seu frustrado desejo, primeiro amor e um coração partido.
 
Apesar de pouco conhecido, pelo menos aqui em Portugal, este filme conta com vários actores conhecidos. Romola Garai, a "Emma" da versão de 2009 do clássico de Jane Austen; Rose Byrne (vi-a recentemente no thriller americano "Insidious" e ainda no filme "X-Men: o início"), Henry Cavill o atraente Charles Brandon, Duque de Suffolk nos "Tudors", Sinead Cusack que interpretou Mrs Thornton em "North And South" (2004) e Tara Fitzgerald que fez o papel de Helen Graham na versão televisiva (1996) do clássico de Anne Bronte "The tenant of Wildfell Hall". Num papel muito pequeno, mas bem reconhecível, temos o actor David Bamber que interpretou o Mr Collins da versão televisiva de "Pride and Prejudice" de 1995.
 
 
  

Certezas

Sandra F., 28.07.11

"Não quero alguém que morra de amor por mim…
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de mim…
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível…
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando a situação não for muito alegre…
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém…
e poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim quando fecha os olhos,
que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho…
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento… e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe…
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro dia,
e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos, talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras pessimistas…
Que a esperança nunca me pareça um “não” que a gente teima em maquiá-lo de verde e entendê-lo como “sim”.
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim,
sem ter de me preocupar com terceiros…
Sem correr o risco de ferir uma ou mais pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão…
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades e às pessoas,
que a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim…
e que valeu a pena."

 

Texto de Mário Quintana

Wives and Daughters

Sandra F., 27.07.11

Confesso que andava curiosa por ver esta série que retrata a história criada pela escritora inglesa Elizabeth Gaskell no século XIX. Sim, esta é a mesma autora que escreveu "North and south", uma das minhas obras favoritas.

A minha curiosidade advinha do facto de ter lido opiniões que diziam que "wives and daughters"era ainda melhor que "North and South"; secalhar, tive medo que destronasse a segunda do meu coração literário.

Mas não. "Wives and daughters" (cujo livro nunca li; nem existe versão em português, penso eu) é uma série que se vê muito bem; é calminha, interessante, com uma trama simples e agradável. Tudo gira à volta da jovem Molly Gibson, filha única de um médico viúvo da província inglesa, por volta de 1830.

A série produzida pela BBC e adaptada por Andrew Davies em 1999, tem no seu elenco actores como  Justine Waddell, Keeley Hawes, Bill Paterson, Francesca Annis, Rosamund Pike, Tom Hollander, Anthony Howell, Michael Gambon (soberbo), Penelope Wilton e Ian Carmichael.

Vi-a com muito agrado e confesso ter lá visto interpretações soberbas. Mas não. Não destronou "North and South" do meu coração. Continuo muito fiel a Mr John Thornton e a Miss Margareth Hale.

 

Curiosidade: Ao ver as determinadas cenas das actrizes principais desta série, muitas das suas expressões fizeram-me lembrar da interpretação da Daniela Denby-Ashe como Margareth Hale em "North and South". Será que ela foi buscar inspiração às actrizes de "Wives and daughters" para compor a personagem principal de "North and South"?

 

  

Felicidade

Sandra F., 25.07.11

Olhei-me e vi, de repente, na minha frente,...a única pessoa que podia amar tão intensamente quanto desejo, sabendo que ela sempre me dará amor em troca.

 

AMEI-ME!!

 

Descobri que posso estar sozinha e me divertir de uma maneira que nunca pensei, que sou apaixonada pela minha maneira de ser, descobri que me basto. Também descobri que posso parecer ser bonita, inteligente, carinhosa, compreensiva, brincalhona, sexy com quem eu desejar, no momento que eu desejar...

 

Que posso ser apaixonante, que posso conquistar... 

 

Quando eu quiser... Com quem eu quiser...


The Tudors

Sandra F., 22.07.11

Pronto, lá acabei finalmente de ver a série "The Tudors" e acabou exactamente como eu sabia que ia acabar: Comigo lavada em lágrimas...

 

Só eu para me emocionar com a história de vida de um homem que mandou decapitar duas das suas esposas, que se divorciou de outras duas, que mandou matar de formas atrozes muitos dos seus melhores amigos e homens de confiança (às vezes por coisas menores ou mesmo sendo inocentes daquilo que eram acusados) e que era tão egocêntrico que se julgou acima de Deus, instaurando uma nova igreja e uma nova forma de religião (anglicana), perseguindo e assassinando todos aqueles que se recusaram a obedecer-lhe nessa fé.

 

Aparte isso...

 

A série conta a história real de Henrique VIII (1491-1547), famoso pelas suas seis esposas. Culto e apaixonado por teologia, o rei da Inglaterra rompeu com a Igreja Católica, quando o papa se recusou a decretar o seu divórcio com Catarina de Aragão. Mas não vou entrar em pormenores históricos.

 

A série conta então a vida deste rei, das suas vitórias e derrotas, dos seus vários casamentos e relações com as esposas, dos seus familiares, das suas amizades, da sua corte e dos membros do seu Conselho.. É uma série que vale a pena ver, para quem gosta do género e especialmente para quem gosta de História. Há algumas situações que foram alteradas, outras que não aconteceram na realidade, mas o essencial está todo lá. E no final, conclui-se que é uma história muito agradável de seguir e muito bem conseguida.

 

São quatro temporadas, no total. Gostei mais da última, provavelmente porque está mais presente. Mas também porque acho que é aquela que tem mais intensidade, mais envolvência; tudo caminha para o desfecho que conhecemos. Contudo, considero as quatro séries uma verdadeira trama histórica, na qual, em alguns casos, o rei é a vítima e em outros é quem está no comando da situação. Além disso, as conspirações presentes nas tramas paralelas são muito intrigantes e interessantes. A série é realmente magnífica no aspecto histórico e vale a pena  assistir especialmente se se busca um conhecimento maior sobre esta época da história britânica.

 

Destaco...

 

A banda sonora. Magnifíca. De uma intensidade emocionante, especialmente nas cenas mais dramáticas.

 

A abertura dos episódios, quando aparecem os créditos. Diferente de temporada para temporada, acompanhada sempre pela mesma música inebriante e mostrando sempre as figuras com maior destaque em cada temporada. Os actores aparecem aqui olhando directamente para a câmara e deixando antever um pouco da sua personalidade só através da postura e olhar.

 

A interpretação de Jonathan Rhys Meyers. Por favor, dêem um prémio ao homem! Conhecido pela sua aparência andrógena e por ser modelo, tem já um vasto currículo no cinema e televisão. Nunca gostei muito dele, confesso, apesar de ter apreciado "Match Point", filme em que apareceu ao lado da Scarlett Johansson. No entanto, o seu trabalho n"Os Tudors" é realmente do melhor que já vi; desde o início, interpretando o jovem princípe até à morte de Henrique VIII. Uma evolução notável, com um desenvolvimento da personagem muito bom. Só não gostei de uma coisa: no final, interpretando já o 'velho' rei, a voz dele é esquisita. Parece que está a tentar imitar a voz do 'Padrinho' (Marlon Brando), mostrando-nos um som cavernal e contido. De resto, impecável mesmo!

Ah! Na realidade, ele ganhou mesmo alguns prémios por esta interpretação, bem como a série em si. Penso que este actor sempre será reconhecido como "Henry, the eight".

 

Tem ainda magníficas interpretações de Sam Neill (Thomas Wolsey, Lorde Arcebispo de York), Maria Doyle Kennedy (Catarina de Aragão), Natalie Dormer (Ana Bolena), Henry Cavill (Charles Brandon, Duque de Suffolk, ...o nosso próximo Superman...), Jeremy Northam (Thomas Moore), Gabrielle Anwar (Margarida Tudor), Sarah Bolger (Maria Tudor), James Frain (Thomas Cromwell, Conde de Essex), Hans Matheson (Thomas Cranmer, Arcebispo da Cantuária), Peter O'Toole (Papa João Paulo III), Annabelle Wallis (Jane Seymour), Max Brown ( Edward Seymour), Joss Stone (Anna de Cleves), Joely Richardson (Catherine Parr) e tantos outros.

 

Atenção, mentes mais sensíveis: a série tem algumas cenas de sexo quase explicíto, cenas de extrema violência (decapitações, desmembramento e outras torturas atrozes). Mas mesmo assim, vale a pena ver. Não me perguntem se simpatizo agora com Henrique VIII. O homem ordenou fazer coisas que não lembra ao diabo mas esta é a história dele e, como tal, temos oportunidade de apreciar todas as suas faces: de pai e marido carinhoso, extremoso e generoso, de amigo fiel, dedicado ao seu povo e altruísta. No entanto, estámos sempre com um pé atrás pois, por mais que este homem goste de uma pessoa, não hesita em mandar matá-la ao menor sinal de infidelidade, decepção ou deslealdade. Muitas das vezes, parece um homem bom e no minuto seguinte, o mais cruel dos soberanos.

 

"You think you know a story, but you only know how it ends.

  To get to the heart of the story, you'll have to go back to the beggining..."

  - abertura da primeira temporada na voz de Jonathan Rhys Meyers -

 

 

 

 

 

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