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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

My Sassy girl (2008)

Sandra F., 30.08.11

Um filme muito engraçado e levezinho para se ver. Vi, depois, que foi baseado numa versão coreana que, segundo as críticas, é muito melhor do que esta versão mais recente. Certo é que pelo que vi no Youtube, definitivamente não vou ver a versão coreana. Aquele idioma irrita-me. 

 

Charlie (Jesse Bradford) é um estudante tímido e idealista que nunca conheceu uma paixão. Quando ele salva da morte a bela Jordan (Elisha Cuthbert), a sua vida muda para sempre. Os dois se aproximam e Jordan envolve Charlie num excêntrico jogo de sedução. Para conquistar o seu amor, Charlie será testado até à exaustão. (Fonte: Wikipédia)

 

Uma mensagem bonita a retirar do filme, para aqueles que continuam a acreditar na acção isolada do destino:

"Quanto à questão do destino, tudo o que sei é que, mesmo quando ele precisa de ser cumprido, ele não o pode fazer sozinho. Ainda temos de sair, de socializar e assim construir a ponte até à pessoa que se ama."

 

As verdades da vida

Sandra F., 29.08.11

Há três coisas na vida que nunca regressam: O tempo, as palavras e as oportunidades.

Há três coisas que podes destruir: A mentira, o orgulho e a inveja.

Há três coisas que nunca deves perder: A esperança, a paciência e a honestidade.

No entanto há três coisas de maior valor: A família, o amor e a amizade.

 

The Accidental Husband

Sandra F., 28.08.11
Filme bom e agradável para um domingo à tarde de preguiça.
Gostei muito.

 

A Dra Emma Lloyd trabalha como consultora sentimental num programa de rádio e é numa dessas sessões que aconselha uma das suas ouvintes a terminar o seu relacionamento. Inconformado, o noivo da ouvinte, Patrick, com a ajuda de um jovem hacker, muda informaticamente o estado civil da radialista e coloca-a casada com ele. Quando Emma fica noiva e vai ao cartório para tratar dos papéis para o casamento, descobre que já é casada e aí começam os seus problemas.
O filme tem como protagonista Uma Thurman e ainda Jeffrey Dean Morgan e Colin Firth.   

 

The Tournament (2009)

Sandra F., 28.08.11

Ó filminho mais sangrento fui eu escolher para um sábado à noite!! Nunca vi tantas cabeças estourarem num só filme!

Dizem que durante as filmagens o dinheiro faltou por duas vezes. Não me admira nada; À quantidade de coisas destruidas e de molho de tomate usado!...

A minha mãe trouxe-me um frasquinho (pequenino que dieta precisa-se!...) de doce de tomate. Acho que nem vou ter coragem para comer aquilo depois de ter visto este banho de sangue.

Wings of the dove (1997)

Sandra F., 27.08.11
Após o falecimento da mãe, Kate Croy (Helena Bonham Carter) vai morar sob a proteção da sua tia Maud (Charlotte Rampling), que pretende utilizar suas conexões na sociedade  inglesa para arranjar um bom casamento para a sobrinha. Para isso, ela deve abrir mão de quaisquer relações com o pai (Michael Gambon), um viciado em ópio, e com Merton Densher (Linus Roache), jornalista por quem a jovem está apaixonada.

Inicialmente, Kate submete-se aos planos da tia e durante esse percurso conhece Milly Theale, uma orfã americana e rica em viagem pela  Europa. Kate depressa percebe que Milly parece interessada pelo seu amante e, ao descobrir que a amiga sofre de uma doença terminal, vê a sua grande chance de obter a sua liberdade. Viajam para  Veneza, a convite de Milly e Densher junta-se ao grupo, procurando seduzi-la. O plano de Kate consiste em esperar que a americana deixe parte de sua herança para o jornalista ao falecer. Posteriormente, Kate retorna a Londres para deixar livre o caminho para Densher. Sentindo-se insegura, entretanto, ela deixa entender a Lord Mark - outro interessado na fortuna de Milly - o que está ocorrendo em Itália. Após receber a notícia, Mark viaja imediatamente para Veneza e revela a Milly o plano dos jovens amantes.

Milly perdoa os dois, mas acaba por falecer. Como previra a amiga, ela deixa parte de sua herança para Densher. Todavia, os planos de Kate fracassam já que, entretanto, o jornalista decide abrir mão do dinheiro pois terminou apaixonado pela memória da americana.

 
Este fime foi baseado no romance homónimo de Henry James e teve quatro indicações para os óscares de 1998, não tendo chegado a ganhar nenhum deles:
Melhor atriz (Helena Bonham Carter)
Melhor fotografia (o português Eduardo Serra)
Melhor figurino (Sandy Powell)
Melhor roteiro adaptado (Hossein Amini) 
 

The Wings of the Dove é considerado uma das três obras-primas de Henry James, e igualmente um de seus mais difíceis romances. Alguns chegaram a afirmar que a obra jamais poderia ser adequadamente adaptada ao cinema, uma vez que não seria possível reproduzir em imagens o estilo essencialmente literário do autor.

O filme foi filmado nas cidades de Londres, Stevenage e Bedford na Inglaterra e em Veneza, Itália. Entre as locações utilizadas encontram-se mansões e casas históricas inglesas e pontos turísticos italianos tais como a Piazza San Marco e a Basílica di San Marco.

 

Persuasão de Jane Austen

Sandra F., 26.08.11

A obra Persuasão é um romance da escritora britânica Jane Austen, escrito por volta de 1816, tendo sido o seu último romance completo. Trata-se de uma obra póstuma, publicada em 1818, tendo a autora falecido em 1817.

 

O enredo gira em torno dos amores de Anne Elliot que se apaixonara pelo pobre, mas ambicioso jovem oficial da marinha, capitão Frederick Wentworth. A família de Anne não concorda com essa relação e a convence a romper o relacionamento. Anos depois, Anne reencontra Frederick, agora cortejando a sua amiga e vizinha, Louisa Musgrove.

 

Persuasão, é amplamente apreciada, pois tem uma simpática história de amor, de trama simples e bem elaborada, e mostra o estilo de narrativa irônica de Jane Austen. Além disto, é original, pelo facto, entre outros motivos, de ser uma das poucas histórias da escritora que não apresenta a heroína em plena juventude. Biógrafos de Austen caracterizam o livro como um “presente para ela mesma, para a irmã Cassandra e para a amiga Martha Lloyd... para todas as mulheres que perderam oportunidades na vida e que nunca desistiram de uma segunda primavera".

Jane Austen escreveu Persuasion durante o período em que esteve doente, doença essa que resultou na sua morte, dando origem a um romance mais curto e menos elaborado do que 'Mansfield Park' ou 'Emma'.

  

O romance também é um apanágio ao homem de iniciativa, através do personagem do capitão Frederick Wentworth que parte de uma origem humilde e que alcança influência e status pela força de seus méritos e não através de herança. Ao mesmo tempo, o romance é uma homenagem à construção do homem. O Capitão Wentworth é um dos muitos oficiais navais da história, que ascenderam socialmente por mérito ou sorte, e não por herança. Ele marca um tempo de mudanças sociais, tais como as do antigo rico, Sir Walter, que dá lugar ao novo rico, como Wentworth.

Morreste-me...

Sandra F., 25.08.11

Faz hoje três anos que soube que te foste deste mundo.
Morreste. Morreste-me.
Não no sentido poético, não no sentido figurado. Morreste mesmo e deixaste-me aqui, ainda sozinha, sem ti, sem a noção da tua presença.

 

Morreste mesmo. Já não mais poderei ansiar ver-te, sentir os teus passos, ver os teus olhos, o teu rosto...Nem parece real. Descobrir que mesmo isso acaba.

 

Morreste-me mesmo. E deixaste-me perdida, mais perdida que nunca e mais só por saber que não mais te encontro neste mundo.


"
...assombra a minha existência... os espíritos andam pela terra. Toma a forma que quiseres, mas vem para junto de mim e enlouquece-me!... Só não me deixes só neste abismo onde não te posso mais encontrar. É indescritível a dor que sinto. Como posso viver sem a minha vida?!... Como posso viver sem a minha alma?!..."
(Heathcliff em 'O Monte dos Vendavais' de Emily Bronte, pág.154 (Publicações Europa-América)

Solidão

Sandra F., 24.08.11

Sabias que depois da alegria vem a solidão. depois da plenitude volta a solidão e depois do amor vem outra vez a solidão. Mas a verdade é que nesse momento sentimo-nos sós... num mundo sem perplexos em completa solidão, sem abraços, sem novos amigos, sem as coisas que nos unem ou nos separam.

Eu quero entrar nessa solidão. É melhor estar assim sem que ninguém incomode, sem ninguém dizer nada. Apenas eu e os meus pensamentos nada mais. Quero entrar num quarto que tenha só as quatro paredes, sem porta para que ninguém toque, sem janelas para que ninguém veja.

 

 

Só tu. Sem a sombra que nos persegue...

 

Um filme da vida real, um livro a escrever

Sandra F., 24.08.11

Ela tem 93 anos. Ele tem 91. Juntos, têm mais de 70 anos de vida em comum. Setenta! Têm um filho, um neto e já bisnetos; todos mais ou menos longe, nas suas vidas, nas suas rotinas e trabalhos onde pouco espaço existe para dois velhos. Telefonam muitas vezes, zelam para que nada falte. Mas o que mais faz falta é a suas presenças, a mão que ampara e cuida, o toque, o olhar directo e verdadeiro.

 

Juntos têm mais de 70 anos de vida em comum! Não conseguem precisar quantos mais exactamente pois antes de se casarem já coexistiam. Setenta anos é uma vida completa. Seguramente haverá muitos outros casais com esta longevidade na relação. Conheço alguns, conheço as suas dificuldades e as suas tristezas. Mas não conheço nenhum que tenha o amor, a dedicação, a cumplicidade e o carinho que estes dois seres nutrem um pelo outro. É muito bonito de se ver. E muito triste, nesta fase final. É muito raro de se encontrar algo assim pois tudo neles é genuíno. Nada é forçado ou púdico ou falso. 

A morte anda próxima. Ele, bem mais conservado, idade real não correspondente com a idade aparente, mas infelizmente portador de diversas patologias incapacitantes e gradualmente terminais. Está no seu limite. Sabe que o fim está próximo e sabe que ela o sabe; sabe que eu sei apesar das palavras animadoras. Ela, mais marcada pela idade, pequenina, magra, corpo vincado pelo tempo, rugoso, uns olhos vivos e simpáticos, um sorriso que aparece facilmente, uma palavra sempre amistosa e agradável nos lábios, vivaça; conhece bem o mundo de hoje e sabe brincar com ele; sabe também chorar e sentir tristeza por coisas que no seu tempo não eram tão banais como hoje. É independente, cuida da casa, do marido dependente, faz as compras e sabe Deus mais o quê. A casa está sempre imaculada, arranjada, muitas fotografias e quadros antigos sem pinga de pó.

 

A morte anda próxima. A expressão dele vai-se tornando gradualmente prostrada e baça. Está no limite e sabe disso. Ela aproxima-se dele, agora triste, tentando conter o choro. Diz que só vai ali ao lado buscar o almoço, como se quisesse dizer-lhe "Espera por mim. Não te vás sem a minha presença". Pega-lhe delicadamente o rosto macilento e pálido nas duas mãos e beija-lhe os lábios. Ele corresponde e olha-a directamente nos olhos com carinho e tristeza. E nem o mais apaixonado dos actores no mais romântico dos filmes olha assim a sua amada. Garanto. "Vou deixar-te sozinha", parece dizer. E percebe-se que essa é a única razão pela qual ainda não partiu. Ela vai buscar um saco para trazer o almoço e observa-o mais uma vez, deitado no cadeirão. Saí comigo para a rua. "Ele vai morrer. O meu querido marido vai morrer", chora ela apoiando-se no meu ombro. Amparo-a e digo coisas banais, das quais já nem me recordo. Mas recordo-me de sentir uma pontada de ciúme. Ciúme sim! E tristeza. Quantos de nós temos oportunidade de viver algo assim? Todos choram os cônjuges, é certo. Uns mais do que outros. Mas raramente o fazem por amor verdadeiro. Fazem-no por egoísmo, medo da solidão ou mesmo por alívio. O amor pode até estar lá mas não é assim exprimido ou sentido, como se ainda fossem dois jovens apaixonados.  

 

A morte anda próxima. E eu queria tanto fazê-los compreender a sorte que tiveram por terem vivido assim, uma vida em comum plena, seguramente com as suas dificuldades, superadas de uma forma ou de outra. Mas não consigo. Como explicar o sentido da ausência, da morte ou mesmo da razão de viver depois de perder o outro? Quando para eles, viver sem o outro, não faz sentido nem tem razão. 

A morte anda próxima. E temo o dia. A frieza e a distância treinada e ganha durante anos perante o fim da vida algum dia terá de cessar, nem que seja por momentos, para dar vazão à sensibilidade e humanidade.

 

A morte anda próxima... e eu guardar-vos-ei sempre em mim. Como guardo poucos. Como pessoas únicas e difíceis de encontrar. Bem hajam. Por me fazerem reacreditar mais um pouco.

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