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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

Blue Valentine (2010)

Sandra F., 09.09.11

Ora cá está um filme que me decepcionou. Devo estar novamente a ficar exigente na matéria. Mas, mesmo não gostando desde o início, vi até ao fim. Para um filme que tanto aconselhavam e que diziam ser tão interessante, pessoalmente dou-lhe uma cotação baixa. 

O filme conta a história de um casal, intercalando o momento em que se conheceram e casaram com o momento, anos depois, em qua ambos vêm o seu casamento em crise. De um amor que se julgava eterno, assistimos a um degradar da relação e (pasmem-se!) descobrimos que mesmo as bonitas histórias de amor podem acabar... sem amor. Basta uma das partes do casal descobrir isso.

 

Apesar de nomeado para vários prémios, o filme protagonizado por Michelle Williams e Ryan Gosling e realizado por Derek Cianfrance(largamente elogiado pelo estilo de filmagem do filme) é demasiado parado e pouco atractivo. Talvez se fosse filmado de outra forma e com outra dinâmica provavelmente seria melhor aceite. Certo é que tem bons actores, capazes de muito mais do que aquilo que demonstraram (que foi já positivo...mas não chegou, pelo menos para mim). 

Letters to Juliet (2010)

Sandra F., 05.09.11

Já não me lembrava de ter vertido lágrimas durante um filme romântico. Pelo menos desde "A mulher do viajante no tempo". Mas este filme foi maravilhoso e surpreendeu-me porque nunca me tinha despertado a atenção. Gostei particularmente da história de Claire e Lorenzo que vem provar que realmente nunca é demasiado tarde para amar. 

 

Imaginem que na antiga casa de Julieta Capuleto, em Verona, Itália, as mulheres deixam cartas tal como se deixam moedas numa fonte de desejos. E que essas cartas são recolhidas por quatro mulheres, as secretárias de Julieta, cada qual com a sua especialidade em problemas amorosos, e que todas essas cartas têm resposta, sendo entregues em qualquer parte do mundo.

 

A história segue Sophie, uma aspirante a jornalista/escritora, que se encontra a gozar uma lua-de-mel em Verona com o namorado antes de se casarem devido a questões profissionais dele. No entanto, ele parece mais interessado em explorar o ambiente gastronómico daquela zona, de modo a obter contactos para a eminente abertura do seu restaurante em Nova York. Algo triste, Sophie interessa-se por uma carta que encontra na parede de Julieta e que tem já cinquenta anos. Com a aprovação das quatro secretárias de Julieta, responde à mesma e a carta é enviada para a Inglaterra, para Claire, a autora da carta, que a escrevera aos quinze anos, quando em férias naquela região. 

Pouco tempo depois, o neto de Claire, Charlie, procura Sophie e repreende-a pelo seu acto. Contudo, Sophie arranja a conhecer Claire, de quem se torna grande amiga, e os três iniciam uma procura por Lorenzo Bartolini, o amor perdido de Claire que reside naquela zona. A busca é difícil mas divertida, dado as dezenas de homens com o nome de Lorenzo Bartolini.  Aos poucos, os dois jovens vão-se apaixonando e Claire acaba por encontrar o verdadeiro Lorenzo, que lhe aparece montado num cavalo e nunca a esquecera apesar de, tal como Claire, ter formado a sua família, encontrando-se agora viúvo como Claire!!!!

 

Uma história bonita, com paisagens fabulosas e boas actuações. Gostei especialmente do papel da Vanessa Redgrave (Claire) e do actor que faz de seu neto (Chris Egan); acho o sotaque dele engraçado, talvez por ele ser australiano. Quanto a Gael Garcia Bernal, nunca vi nenhum trabalho dele mas sempre ouvi falar bem. Aqui, acho-o terrível. Fez-me lembrar aquele polícia tolo da Academia de Polícia, aquele que tinha uma voz esquisita e que imitava tudo e todos. Relativamente à protagonista Amanda Seyfried, está bem, fiquei fã.

 

Carta de Claire para Julieta deixada no mural:

"I didn't go to him, Juliet. I didn't go to Lorenzo. His eyes were so full of trust. I promised I'd meet him and run away together because my parents don't approve. But, instead, I left him waiting for me below our tree, waiting and wondering where I was. I'm in Verona now. I return to London in the morning and I am so afraid. Please, Juliet tell me what I should do. My heart is breaking, and I have no one else to turn to.

Love, Claire"

 

Carta de Sophie como Julieta para Claire enviada para a Inglaterra:

 Dear Claire,

 "What" and "If" are two words as non-threatening as words can be. But put them together side-by-side and they have the power to haunt you for the rest of your life: What if? What if? What if? I don't know how your story ended but if what you felt then was true love, then it's never too late. If it was true then, why wouldn't it be true now? You need only the courage to follow your heart. I don't know what a love like Juliet's feels like: love to leave loved ones for, love to cross oceans for, but I'd like to believe if I ever were to feel it, that I'd have the courage to seize it. And Claire, if you didn't, I hope one day that you will.

All my love, Juliet"

Angel (2007)

Sandra F., 04.09.11
Baseado no romance de Elizabeth Taylor (não a actriz), 'The Real life of Angel Deverell' (1957) e inspirado na famosa e excêntrica Marie Corelli (escritora favorita da Rainha Vitória), o filme acompanha a ascensão e queda de uma ambiciosa romancista britânica no final do século XIX.
Com quinze anos, Angel Deverell (Romola Garai) sonha tornar-se uma escritora famosa e deixar a sua vida simples e desinteressante. Este desejo é alimentado pela casa vizinha (Paradise), que para Angel simboliza tudo aquilo que é requintado e luxuoso. Quando a sua escrita juvenil atrai a atenção de um editor de Londres (Sam Neil), Angel é catapultada para a fama e envolve-se numa estranha relação com dois irmãos aristocráticos: Nora, sua maior fã e assistente pessoal, e Esmé (Michael Fassbender), um artista pouco convencional e bonito por quem Angel se apaixona perdidamente.
A personagem de Angel é extremamente mimada, egocêntrica e melodramática. A sua actuação lembra muito os grandes melodramas de Hollywood da década de 30 e 40 do século XX, mais especificamente a Scarlett O'Hara de 'E tudo o vento levou'. No entanto, é difícil não se gostar de Angel pois ela consegue envolver positivamente o espectador a nível emocional mesmo aquele que, ao longo do filme, espera sempre o seu crescimento e desenvolvimento como uma mulher madura. Todavia, a sua personalidade aos 35 anos é a mesma que tinha aos 15 anos e ela parece viver num mundo aparte, aquele que recria nos seus romances.

The incredible journey of Mary Bryant

Sandra F., 03.09.11

The Incredible Journey of Mary Bryant (Fuga para a Liberdade em português) é um filme de 2005 baseado na vida de Mary Bryant, uma rapariga inglesa condenada por um pequeno roubo que é enviada para uma Colónia penal Australiana (Botany Bay), inserida no primeiro grupo colonizante e do qual fazem parte outros prisoneiros. Uma mini-série (2 episódios) que gostei muito de ver. Aliás, se estou a escrever sobre ela e se a vi até ao fim é porque gostei. Prende do início ao fim, com uma história bonita e boas interpretações. Uma história inspiradora de coragem, sacrifício e luta pela liberdade.

 A história de Mary (Romola Garay), de 21 anos, começa em Cornwall, onde nasceu e onde mora, no final do século XVIII (1786). A sua aldeia encontra-se a morrer de fome e ela, em desespero e esfomeada, rouba uma mulher, episódio que lhe vai garantir um lugar numa longa viagem até à Austrália junto com outros prisioneiros. Ela, outros condenados e alguns oficiais são transportados para a Colónia Penal britânica de Botany Bay, numa viagem que dura cerca de 250 dias, nas piores condições, num barco prisional. 

 

Encontrando-se grávida de um carcereiro (de forma a não morrer de fome, Mary entregara-se a um deles), Mary faz amizade com um traficante charmoso e espirituoso chamado Will (Alex O'Loughlin) e desperta a atenção de um graduado oficial, Lt Ralph Clarke (Jack Davenport), um homem duro e moralista, cuja esposa o abandona assim que o barco parte, alegando ser incapaz de viver naquelas condições. A ajuda que este oficial dá a Mary é justificada perante os outros oficiais e suas esposas como um acto de humanidade e educação social. Promete manter a inocência da rapariga e realmente nunca lhe toca.
 
Quando ele descobre que ela está grávida, dirige a sua raiva contra os outros prisioneiros e mais especificamente à melhor amiga de Mary que é chicoteada. Decepcionada com este acto, Mary retorna ao seu lugar de prisioneira. Após nascer a sua filha Charlotte, ainda a bordo do navio, Mary e os outros chegam a Botany Bay. Apercebendo-se dos benefícios de ser uma família, e apaixonados, Mary casa com Will e têm um filho chamado Emmanuel. A determinação de Mary é sempre a de evitar a fome que ela própria passara e salvar os seus filhos de um destino semelhante.
 
Três anos depois, vendo que a colónia não desenvolve, continuando a existir fome e miséria, Mary, o marido e mais cinco outros condenados esboçam uma fuga com destino a Timor, colónia holandesa situada a cerca de 4500km. Assim, ela finge abandonar o marido e volta a viver com o Lt Clarke, apaixonado por ela desde que ficara com ela no barco, apenas como uma distracção para que Will e os outros possam roubar comida e outros mantimentos. Tencionam fugir no único barco existente, pertencente ao governador Phillips (Sam Neil). Quando se dá a fuga, Clarke fica furioso, dispara sobre o barco que escapa com pequenos danos e passa a persegui-los obsessivamente. 
A viagem é longa, difícil, cansativa e geradora de alguns conflitos. Mas eventualmente chegam a Timor. Lá, passando por sobreviventes de um naufrágio, são aceites na alta sociedade. Não contavam era que, no encalço deles estivesse Clarke que acaba por encontrá-los e desmascará-los. Will acaba morto e apenas sobrevivem para voltar a Inglaterra, Mary, os filhos e mais dois dos prisioneiros. Na viagem de regresso, vítimas de uma doença tropical, as duas crianças acabam por morrer, deixando Mary completamente à deriva, sem a sua família.
 
Já em Inglaterra, a carismática Mary ganha o apoio do povo inglês e os tribunais decidem pela sua liberdade e dos seus companheiros. Quanto a Clarke, ele fica na Inglaterra carregando o fardo de ser responsável pela morte de Charlotte e Emmanuel. Mary,mais uma vez na Cornualha, onde começou a sua história, reflecte sobre o tempo curto da sua família e a falta de liberdade simbolizada através da morte do seu marido. Aceita silenciosamente  prosseguir por causa das suas almas falecidas, apesar de não saber o que o futuro lhe reserva.