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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

Parade's End (2012)

Sandra F., 11.11.12

Ai estes finais tão absolutamente brilhantes e belos!...

  

Devo dizer que comecei por gostar desta série mas que, a meio, me senti um pouco desiludida e quase perdi o interesse; a fase que decorre durante o período de guerra é um pouco entediante e longa, penso eu. Eram conversas sobre extintores e cavalos que não me interessou grandemente... Mas o final é muito bonito e encantador. Daqueles que nos arranca sorrisos de satisfação. E acaba exatamente como deve...

 

 

Parade's End é uma série da BBC, com cinco episódios, baseado na (longa...) obra de Ford Madox Ford e que nos conta a conturbada história de Christopher Tietjens, um nobre britânico dotado de uma inteligência enorme que se casa com uma mulher grávida supostamente de um outro homem. Tendo também mantido relações com ela antes do casamento e incerto acerca da paternidade da criança, Tietjens sente a obrigação moral de a desposar. Quando a criança nasce, um menino, ele apaixona-se por ele e trata-o como se seu filho fosse. Pouco depois, conhece uma mulher, Valentine Wannop, uma lutadora pelos direitos da mulher e imediatamente ambos se sentem atraídos um pelo outro. No entanto, a relação de ambos mantém-se por contatos esporádicos sem qualquer aproximação física.

 

"I've always thought love was a kind of literature... but every word Christopher Tietjens and I have ever said to each other... was a declaration of love."

 (Valentine a falar com a mãe sobre o seu amor por Tietjens)

 

 

Depois temos Sylvia, a esposa dele, uma mulher de forte personalidade, destituída de sentimentos, uma pessoa vingativa e uma manipuladora exímia. Confesso que, a determinado ponto da história, comecei a torcer por ela e pelo seu amor (falso e vingativo) pelo marido. Mas foi sol de pouca dura...

 

 

A história trata sobretudo de um triângulo amoroso vivido no pós e durante a Primeira Grande Guerra Mundial e mostra-nos muitas das profundas alterações que esta época trouxe, não só para o mundo mas também para estas personagens.

 

 

Fiquei sobretudo impressionada com as excelentes interpretações de Benedict Cumberbatch (Tietjens) e de Rebecca Hall (Sylvia). Ela, porque faz um papel soberbo e realmente  digno de ódio e repulsa; ele porque é magnífico e oferece-nos um retrato muito fiel de um homem sofrido e assombrado pelas suas convicções.