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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

The Deep Blue Sea (2011)

Sandra F., 16.12.12

Deep Blue Sea é um filme britânico de 2011 dirigido por Terence Davies e uma adaptação de uma peça de 1952 de Terence Rattigan. Conta com a fabulosa interpretação do trio Rachel Weisz, Tom Hiddleston e Simon Russell Beale. Recebeu críticas bastantes positivas, tendo Rachel Weisz sido distinguida com um prémio de Melhor actriz nos New york Critics Circle Awards de 2012. Em dezembro de 2012, foi ainda indicada para o mesmo prémio nos Golden Globe Awards. O filme em si foi escolhido como um dos dez melhores filmes do ano pelo New York Times. De notar que The Deep Blue Sea foi quase ignorado pela Europa quando foi lançado em 2011; No entanto, nos EUA foi amplamente elogiado e apreciado.

 

 

A história de The Deep Blue Sea passa-se por volta de 1950 e mostra-nos Hester Collyer (Rachel Weisz), a jovem esposa de um juiz do Supremo Tribunal, Sir William Collyer (Simon Russell Beale), que se vê repentinamente envolvida e apaixonada por um jovem e atraente ex-piloto de guerra, Freddie Page (Tom Hiddleston). A relação entre ambos revela-se bastante conturbada e dolorosa para Hester dado que Freddie é um homem atormentado pelas suas memórias de guerra e dado que ela é uma mulher necessitada de calor humano e sexual. O seu casamento com Sir William, um homem bastante mais velho que ela, é estável, confortável e feliz. No entanto, a Hester falta a paixão e o erotismo de um relacionamento, coisas que não experiencia com o marido mas que vê possível com Freddie.

 

 

 

Freddie lança então a vida de Hester num tumulto e ela separa-se do marido, isolando-se emocional e fisicamente num apartamento em Londres que partilha com o amante. É aí que, num dia, a história nos é contada, em flashbacks, à medida que Hester vai recordando os últimos acontecimentos e depois de uma tentativa de suicídio falhada. É contada a história do seu romance sofrido e conturbado com Freddie e ainda a sua vida de casada com Sir William. Conhecemos assim as restrições de um casamento confortável e luxuoso e depois o despertar da sua sexualidade com Freddie. No entanto, Freddie é imprudente, sempre em busca de emoções novas e Hester descobre tardiamente que afinal ele nunca lhe poderá dar o amor e a estabilidade que seu marido sempre lhe deu. E a dualidade de sentimentos conduz Hester ao precipício; é incapaz de voltar a uma vida sem paixão apesar de confortável e descobre a impossibilidade de manter um relacionamento estável com um homem que a satisfaz e a quem ama mas que não a quer dessa forma. Tudo isso leva-a a querer terminar com a sua vida.

 

 
Saliento que a interpretação da Rachel Weisz é mesmo fabulosa. Ela consegue passar perfeitamente para o ecrã a angústia e a dualidade de sentimentos. Merece bem as críticas positivas. E, as cenas dela com o Hiddleston são fabulosas, especialmente a da despedida; Ambos conseguem mostrar aquilo que sentem e, se nele vemos a impossibilidade de um envolvimento sério mas cuja situação o faz sofrer, nela vemos a aceitação sofrida do fim de uma relação que poderia ter sido tudo aquilo que ela desejou.
 
 
A ver. Fortemente recomendado.