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booksmoviesanddreams

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Livros que morrerão comigo:

"Norte e Sul" de Elizabeth Gaskell
"O monte dos Vendavais" de Emily Bronte
"Jane Eyre" de Charlotte Bronte
"Villette" de Charlotte Bronte
"A inquilina de Wildfell Hall" de Anne Bronte
"Orgulho e Preconceito" de Jane Austen
"Persuasão" de Jane Austen
"A mulher do viajante no tempo" de Audrey Niffenegger
"Em nome da memória" de Ann Brashares
"Charlotte Gray" de Sebastian Faulks
"A casa do destino" de Susana Prieto e Lea Vélez
"De mãos dadas com a perfeição" de Sofia Bragança Buchholz
"Rebecca" de Daphne Du Maurier
"O cavaleiro de Bronze" de Paulina Simons
"Enquanto estiveres aí" de Marc Levy
"O segredo de Sophia" de Susanna Kearsley

Lost in Austen (ou como Amanda Price quase estragou O&P)

Sandra F., 12.09.11

Bem, ela não quis estragar tudo. Na realidade, as situações foram-se proporcionando de forma natural mas contra a história contada por Jane Austen (Pride and Prejudice). Como observa Amanda Price a determinada altura, Jane Austen deve estar a dar voltas no seu túmulo (like a cat in a tumble dryer) ao ver a sua obra tão, tão distorcida.

 

De Elizabeth Bennet, a heróína da obra, não vemos muito. Esta preferiu os prazeres e facilidades do século XXI, trocando a sua vida pela de Amanda Price que se vê de repente metida dentro da vida da família Bennet, dos Bingley, Darcy e por aí fora. O que não é mau de todo já que desde tenra idade que é uma grande apreciadora de Pride and Prejudice e mais especificamente de Fitzwilliam Darcy. Mulher de sorte, acaba mesmo por ficar com ele. Dane-se Lizzy Bennet que preferiu continuar no século XXI.

 

Há personagens que são mesmo como na obra mas outros que destoam um pouco, mesmo na sua história. Jane Austen ficaria mesmo assombrada se soubesse que afinal Mr Wickham tem bom coração, Georgiana é que é uma valente mentirosa; que Mr Bennet é mesmo um molengão que  adora o conforto da sua biblioteca mas que acaba num duelo com Mr Bingley; este, por sua vez, é mais bonito que em todas as versões anteriores e penso que mesmo no livro e só depois

 de muita confusão é que acaba apaixonado por Jane que chega a casar com o (sempre) hilário Mr Collins. Já Miss Bingley, apesar de ansiar pelo seu casamento com Darcy, acaba por se confessar uma lésbica disfarçada; Mrs Bennet, mais implacavelmente que nunca, procura por todos os meios casar as filhas mas, no final, é a única que enfrenta Lady Catherine de Brough e lhe chama coisas que nunca esperámos ouvir da sua boca perante tão ilustre senhora. Até o marido, sempre a fugir dela, se levanta com admiração e murmura: "Tonight, Mrs Bennet, with your permission, I think I shall sleep in our bed", ao que ela responde com uma exclamação de alegria.

 

 

Mas o mais engraçado é o pedido de Amanda para que Darcy mergulhe no lago, uma cena que Jane Austen não escreveu mas que faz parte da versão televisiva de 1995 com o Colin Firth. Ele mergulha e ela observa-o embevecida; para mim, nada que se equipare ao Colin Firth. E a ida de Darcy ao século XXI é extremamente engraçada, desde conhecer um teletubie, um moderno ferro de engomar, um LCD, andar de bus e outras modernices. Para vermos como um Darcy realmente não pode existir no nosso tempo. Simplesmente não se adequaria e pareceria mesmo ridículo. É como dizem, cada macaco no seu galho; neste caso, cada homem no seu tempo.

 

2 comentários

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    Sandra F. 13.09.2011

    Olá Cátia
    Por acaso gostei. Não é assim uma grande obra-prima; mas também se fosse, o que seria da verdadeira obra? Ainda ficava ofuscada.
    É uma boa série, levezinha e engraçada, que dá para passar uns bons momentos.
    Aconselho a quem ainda não viu, a quem gostar de Pride and Prejudice e a quem queira dar umas boas gargalhadas ao comparar as situações com as originais.
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