Anonymous (2011)
Uau! To think that Shakespeare was a fraud! Era ou não era, essa é a questão!
O filme explora a antiga teoria de que as peças (supostamente) escritas por William Shaskespeare tenham sido, na verdade, escritas pelo Conde de Oxford, Edward de Vere. Esta questão passeou entusiasticamente pelas mentes de eruditos como Charles Dickens, Sigmund Freud e Mark Twain e vários livros e estudos foram já concebidos e publicados, numa tentativa vã de explicar que Shaskespeare não poderia ter escrito as peças que lhe são atribuídas. Neste filme, esta questão, aliada a um momento histórico decisivo e conflituoso da história inglesa (a sucessão de Elizabeth I, última monarca Tudor), criou a ideia fantástica, e quiça possível, de William Shakespeare não ter passado de um actor medíocre e oportunista, que nem escrever sabia.
Por muito rebuscada e decepcionante que seja a ideia, o filme é muito bom. Gostei especialmente da interpretação de Rhys Ifans como Conde de Oxford (interpretado na idade jovem por Jamie Campbell Bower). Sempre o lembrarei como o maluco Spike do filme Notting Hill; mas aqui, num papel mais sério, ele é absolutamente fabuloso e muito credível no papel do verdadeiro escritor de Romeu e Julieta.
Confesso que contado desta forma, não me importaria que as obras atribuídas a W. Shakespeare, tivessem realmente sido escritas por Edward de Vere, Conde de Oxford.