Charlotte Bronte: raridades
As minhas duas últimas aquisições, adquiridas numa pequena feira do livro que encontrei acidentalmente nesta cidadezinha à beira-mar plantada e a preço de chuva... De notar que são livros difíceis de encontrar. Estes são ambos da Planeta Editora.
O primeiro (O feitiço), segundo a sua resenha, é simultaneamente gracioso, ousado e poderoso. É, sem dúvida, um romance de época, de todas as épocas - da nossa também. Merece ser lido, apreciado e descoberto em todas as suas dimensões. E merece ser recordado. Como uma memória bonita para as noites de Inverno. A história: Quando é declarada a morte do Infante Marquês de Almeida, os reinos de Wellingtonsland e Angria ficam privados do seu herdeiro. Ansiosos por garantir a segurança futura das nações, os conselheiros do Rei sugerem que se nomeie um sucessor, e quando o próprio rei sucumbe a uma doença misteriosa e que o deixa em risco de vida, a necessidade torna-se ainda mais crucial. Porém, este mantém-se estranhamente imperturbável. A confusão dá lugar à intriga política quando os que lhe estão mais próximos se interrogam sobre o que ele realmente sabe e quem são, ao certo, as misteriosas personagens que o rodeiam.
Relativamente ao segundo livro (O segredo), é uma história feita de intrigas, mentiras, duplicidade e de um amor que consegue vencer todas as vicissitudes. O narrador é o irmão de Arthur, o Marquês do Douro, o desconcertado marido da encantadora Marion e também, como vem a descobrir-se, filho do ilustre Duque de Wellington.
Charlotte Bronte foi uma das grandes escritoras britânicas, autora de Jane Eyre, Shirley e Villette. Nasceu no Yorkshire, onde passou grande parte da sua vida e teve uma infância conturbada; ela, as irmãs, Anne e Emily, e o irmão, Branwell, encontraram consolo na escrita, produzindo uma colecção de textos com grande imaginação e autenticidade. Charlotte, provida de uma sinceridade impressionante, conquistou os leitores pela sua criatividade incipiente e pelo permanente brilho feminino dominado pela transparência das suas fantasias infantis previsíveis que se encontram escritas numa linguagem majestosa e audaz.
(Fonte: Planeta Editora)