Doutor Zhivago (2002)
Lembro-me de ter uma cópia velhinha deste livro do Boris Pasternak (1957) que alguém me deu. Nunca tive coragem para o ler porque o achava demasiado maçudo. Todavia, gostava das poesias escritas pelo Zhivago e que constavam da história e isto apesar de nunca ter sido muito ligada a poemas de género algum. São fases.
Vi, há muito tempo atrás o longuíssimo filme protagonizado por Julie Christie e pelo Omar Shariff e apesar de ter achado muito bonito fiquei com a mesma ideia que tinha do livro: uma história muito complexa e pesada para a menininha que eu era. Há uns tempos, contudo, descobri esta versão de 2002 com a Keira Knightley, o Hans Matheson e o Sam Neill. Está desenvolvida como uma série daí que talvez tenha havido mais tempo para a exploração da história do livro e das suas personagens. Gosto muito, adorei as interpretações e fiquei com vontade de finalmente ler o livro que, infelizmente, já não tenho.
Um dos romances mais famosos da literatura mundial que atravessa cerca de meio século da história da Rússia e nos conta o percurso de um homem dividido entre duas mulheres no meio do caos e brutalidade da revolução russa na primeira guerra mundial. Tem um final tristíssimo que nos leva a pensar que nem sempre os grandes amores vencem, mesmo que sejam correspondidos de parte a parte. E aquele menino, na parte final do filme, a ser instigado pela mãe a fugir para que não seja com ela apanhado pela polícia, é simplesmente de cortar o coração.